Indispensável na culinária brasileira, o alho nacional tem enfrentado o avanço da presença do produto estrangeiro na mesa do consumidor. Minas Gerais é o o maior produtor do país, com mais de 8 mil hectares de área plantada. A Associação Mineira de Produtores de Alho (Amipa), em parceria com a Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), tem realizado diversas ações educativas e culturais que visam a valorização do produto local.
De acordo com dados da Anapa, este ano, o Brasil deve chegar a 250 mil toneladas de alho com uma área de plantação de 18 mil hectares. Os números representam um aumento em relação a 2021, quando a colheita alcançou 220 mil toneladas e 16 mil hectares.
De acordo com dados da Anapa, este ano, o Brasil deve chegar a 250 mil toneladas de alho com uma área de plantação de 18 mil hectares. Os números representam um aumento em relação a 2021, quando a colheita alcançou 220 mil toneladas e 16 mil hectares.
Esse trabalho de valorização do alho brasileiro é fundamental para a geração e manutenção de empregos na cadeia produtiva. Segundo a Amipa, a cultura do alho emprega cerca de 6 mil famílias.
Desempenho de mercado
As últimas análises de mercado mostram que o alho brasileiro tem vencido o concorrente. De acordo com o levantamento mensal realizado em junho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no primeiro semestre de 2022, as importações tiveram uma queda de 12,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, de 88,6 mil toneladas para 77,2 mil.
Hoje, o consumo de alho no Brasil é fragmentado em 70% sendo de origem nacional e 30% do estrangeiro. Entre os principais exportadores do produto para o país, a Argentina ocupa a primeira posição, com 65 mil toneladas (84,3%), seguida por China, com 7,8 mil toneladas (10,2%), e Chile, com 2 mil toneladas (2,7%).
Para o presidente da Amipa, Flávio Marcio Ferreira, a qualidade do alho brasileiro é o que destaca o produto no mercado. “Um dente do nosso alho equivale a cinco do estrangeiro, em termos de qualidade, além de ter mais vitaminas e sais minerais. O consumidor leva até menos alho para casa, sendo, também, um fator de economia”, explica Flávio.
O desempenho do produto balançou os importadores, que em maio do ano passado, reclamaram da falta de fiscalização do alho nacional, e acusam a comercialização do alimento sem certificação e classificação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) contestou as acusações e reforçou o rigor da fiscalização.
Alho brasileiro na cozinha
Em ação mais recente, a Amipa lançou a 2ª edição do Concurso Alho Brasileiro na Cozinha, que tem como objetivo estimular a culinária nacional e regional. A competição vai premiar o melhor cozinheiro amador que produzir uma receita onde o ingrediente principal é o alho brasileiro. As inscrições são gratuitas e são destinadas para maiores de 18 anos, estando abertas até 4 de setembro.
As semifinais e finais do concurso serão realizadas presencialmente no Centro Universitário IESB, em Brasília, no Distrito Federal. O vencedor conquista um prêmio de R$ 3 mil, o segundo colocado recebe R$ 1 mil e o terceiro leva para casa R$ 500. Um edital está disponível para mais informações.
*Estagiário sob supervisão