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Estado de Minas INSATISFAÇÃO

Tanqueiros podem parar caso preço do óleo diesel não caia

Presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, afirmou que redução do preço da gasolina deixou transportadores insatisfeitos


05/09/2022 13:56 - atualizado 05/09/2022 14:29

Na foto, caminhão abastece em posto de gasolina da Grande BH
Na última sexta-feira (2/9), a Petrobras reduziu em R$ 0,25 o preço da gasolina nas refinarias, mas o valor do diesel não sofreu alteração (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, afirmou que os transportadores estão insatisfeitos com o preço do óleo diesel. Na última sexta-feira (2/9), a Petrobras reduziu R$ 0,25 no preço da gasolina nas refinarias, mas o valor do diesel não sofreu alteração. 

Segundo Gomes, os tanqueiros estudam a possibilidade de retomar as paralisações. “Nos mandamos um comunicado solicitando a redução, da mesma forma que fizeram com a gasolina. Caso não tenha nenhuma resposta, nós vamos nos manifestar e tomar algumas providências”, disse. 

Para ele, o sentimento dos transportadores do setor é de frustração e indignação. “O diesel ainda está num valor muito alto e está onerando muito para as transportadores. Ele é um dos maiores insumos contabilizados no frete”, afirmou. 

Além disso, o presidente do Sindtanque-MG explica que, neste ano, pela primeira vez na história, o preço do óleo diesel ultrapassou o valor da gasolina. “Isso nunca ocorreu e, por isso, queremos saber qual é a justificativa da Petrobrás, pois ninguém dá essa explicação para gente”, ressaltou.

Redução da gasolina entrou em vigor nesta sexta

Com a decisão da Petrobras, nessa sexta, o preço médio da gasolina passou de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. No ajuste anterior, anunciado há quinze dias, a companhia derrubou em 4,85% o preço do combustível.

Conforme a estatal, a redução é coerente com a prática de preços da companhia e acompanha a evolução dos preços de referência. “A Petrobras busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, porém sem o repasse para os valores internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", afirmou em nota. 

A Petrobras informou que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da companhia no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba



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