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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

'São liberais mesmo?', diz Guedes sobre economistas que apoiam Lula

Guedes disse que os economistas 'estão errando tanto as previsões que têm que apoiar o Lula mesmo para poderem achar um emprego'


14/10/2022 22:54 - atualizado 14/10/2022 23:04

Paulo Guedes
Paulo Guedes se incomodou com os apoios de economistas Pedro Malan, Henrique Meirelles, Arminio Fraga e Pérsio Arida ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (foto: EVARISTO SA / AFP)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou nesta sexta-feira (14) os economistas liberais que manifestaram voto no ex-presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial e questionou as credenciais liberais dos novos apoiadores do petista. Lula recebeu nas últimas semanas apoios de economistas como Pedro Malan, Henrique Meirelles, Arminio Fraga e Persio Arida.

 

"Será que eram liberais mesmo? Lembro da época que defendiam congelamento de preços, que não eram a favor das privatizações, câmbio flexível, Banco Central independente. Acho que tiveram uma conversão tardia ao liberalismo. Sempre foram social-democratas, nunca liberal-democratas", disse.

 

Guedes ainda deixou claro que faria uma brincadeira de mal gosto antes de dizer que os economistas "estão errando tanto as previsões que têm que apoiar o Lula mesmo para poderem achar um emprego, porque o setor privado não vai contratar quem está errando tanta previsão assim".

 

O ministro disse ainda que o comentário "não é ofensa, é diagnóstico" e que se sente ofendido quando os economistas dizem que o governo Jair Bolsonaro (PL) ataca a democracia. "O modelo econômico que a social-democracia colocou no Brasil corrompeu a democracia e estagnou a economia", afirmou, antes de dizer que agora é possível ver que "tucanos e petistas sempre estiveram juntos".

 

Guedes falou em conversa com jornalistas em Washington, capital dos EUA, para onde viajou para acompanhar as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

 

Nesta sexta, como ao longo da semana, usou as reuniões com ministros em encontros do órgão e do G20 para defender o crescimento econômico do Brasil -afirmou que o Banco Central deve revisar o crescimento do PIB deste ano para 3%-, o aperto nas políticas monetárias para controlar a inflação e o uso de organismos multilaterais para pôr fim à Guerra da Ucrânia de modo a conter a crise global.

 

Em comunicado ao Banco Mundial publicado nesta sexta, voltou a reforçar os temas, exaltou as reformas e a agenda econômica do país e afirmou que "a comunidade internacional precisa promover uma agenda de liberação do comércio que remova barreiras, como tarifas e cotas, especialmente no setor da agricultura", para combater a fome no mundo. Ao banco, Guedes ainda defendeu que o Brasil é exemplo a ser seguido na atual crise energética, com fontes de energia descarbonizadas e diversificadas.

 

A guerra e seus impactos econômicos têm tomado conta das discussões do FMI, e pela segunda vez consecutiva o evento termina sem um comunicado oficial do G20, como era praxe até o ano passado, por objeções da Rússia a um texto condenando a invasão à Ucrânia.

 

Guedes aproveitou a viagem a Washington para uma série de reuniões com ministros das finanças de outros países do continente, como Argentina, Colômbia e Chile, e tem tentado angariar apoio a uma candidatura brasileira à presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) -ele afirma que já recebeu sinalização positiva da Colômbia.

 

Em café da manhã com outras autoridades nesta sexta, o ministro também abordou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, e apresentou o nome do candidato brasileiro, o qual, segundo ele, foi recebido de forma positiva.

 

Ainda pela manhã, participou de evento do Itaú que reuniu ministros e presidentes de bancos centrais de toda a América Latina, onde defendeu furar o teto de gastos em determinadas ocasiões. "O teto foi mal construído, você tem que fazer reparos", disse, ao justificar que seu objetivo era reduzir o tamanho do governo federal.

 

"Com a COVID, estávamos transferindo dinheiro para a população, não era para aumentar a máquina. O espírito do teto é evitar gastos recorrentes com a máquina pública. Não estava fazendo gasto recorrente, era transitório, com a saúde, uma transferência de renda para os mais pobres que não inchava a máquina pública", afirmou. Também participou do evento o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.


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