A megausina iniciou a operação quinta-feira (17/11). De acordo com a Vale, Projeto Sol do Cerrado representará 41% de toda a capacidade instalada de geração de energia solar no Estado de Minas Gerais e 10% no Brasil. Quando atingir a capacidade plena, em julho de 2023, o empreendimento vai gerar 16% de toda energia consumida pela empresa mineradora no Brasil.
O projeto ocupa uma área equivalente a 1,3 mil campos de futebol. A usina solar é composta por 17 subparques, dos quais quatro já foram energizados.
“O Sol do Cerrado é um projeto inédito para a Vale, que traz desenvolvimento local, energia renovável e está ligado ao nosso objetivo de sermos líderes em mineração sustentável”, afirma Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale.
Quando estiver em plena capacidade, a megausina contará com 1,4 milhão de placas solares com sistema de rastreamento automático da movimentação do sol durante o dia, para maior aproveitamento dos raios solares na geração de energia. Para o projeto, serão utilizados 10,2 milhões de metros de cabos por onde a energia será conduzida.
As obras do Sol do Cerrado começaram em janeiro de 2021 e geraram cerca de 3 mil empregos no pico das atividades, quase 50% de mão de obra local. Deste quadro, 16% são mulheres. Moradores da região foram qualificados e empregados para atuar nas obras como pedreiros, mecânicos e profissionais em instalação elétrica industrial.
Conforme a Vale, quando atingir a capacidade máxima de operação, em julho de 2023, o Sol do Cerrado contará com 90 trabalhadores permanentes de diversas qualificações, tais como eletrotécnicos, eletricistas e auxiliares em serviços gerais.
O projeto fortalecerá ainda mais a geração de energia solar em Minas Gerais. Atualmente, o estado é a unidade da Federação com maior capacidade instalada de geração de energia a partir da luz do sol no Brasil, seguida dos estados da Bahia e Piauí, respectivamente.
A energia gerada no Sol do Cerrado será injetada no Sistema Interligado Nacional (SIM), podendo ser consumida em qualquer região do Brasil.
A Vale anunciou que sua meta de ter 100% do consumo de eletricidade de fontes renováveis no Brasil até 2025, e, globalmente, até 2030. O empreendimento faz parte da estratégia da empresa de zerar suas emissões de CO2 até 2050
Ainda conforme a empresa, a energia gerada pelo megaempreendimento de Jaíba reduzirá as emissões da Vale em 134 mil tCO2e/ano, o que representa a emissão de aproximadamente 100 mil carros compactos. O projeto foi levado pela Vale à Conferência do Clima (COP 27), que está ocorrendo em Sharm El Sheikh, no Egito.
O projeto abrange ainda uma linha de transmissão de 15 quilômetros de extensão, com tensão de 230 mil volts, interligando as subestações Coletora Sol do Cerrado e Jaíba, de onde a energia é escoada para o Sistema Interligado Nacional.