A plataforma de compra e venda de criptomoedas FTX deve a seus 50 maiores credores quase US$ 3,1 bilhões, de acordo com um processo judicial.
A empresa, que entrou com pedido de falência nos Estados Unidos na semana passada, afirma que deve aproximadamente US$ 1,45 bilhão a seus 10 principais credores, mas não citou o nome de nenhum deles.
O colapso da segunda maior corretora de criptomoedas do mundo abalou a confiança no já conturbado mercado de divisas virtuais.
- A ascensão e queda do 'rei das criptomoedas', que abalou o mercado
- Criptomoedas: o que falência de uma das maiores empresas do mundo diz sobre futuro do setor
Também levou o fundador da empresa, Sam Bankman-Fried, a renunciar ao cargo de CEO da companhia.
O pedido de falência protocolado pela FTX revelou que mais de um milhão de pessoas e empresas poderiam ter dinheiro a receber após seu colapso.
No sábado (19/11), a FTX informou que havia lançado uma revisão de seus ativos globais e estava se preparando para a venda ou reorganização de alguns negócios.
Uma audiência perante um juiz da vara de falências dos EUA está marcada para esta terça-feira (22/11).
- O país onde é possível comprar quase tudo com criptomoeda
- Britânico tenta recuperar HD que jogou no lixo com milhões em bitcoins
Na semana passada, o novo CEO da FTX, John Ray, criticou a maneira como a plataforma foi administrada, dizendo que nunca "havia visto uma falha tão completa dos controles corporativos".
Ray, que substituiu Bankman-Fried, criticou a "ausência total de informações financeiras confiáveis".
Já Bankman-Fried disse em entrevista ao site de notícias Vox que se arrependeu de ter declarado falência, argumentando que a decisão havia tirado as questões financeiras da companhia do seu controle. Ele também manifestou desprezo pelos reguladores financeiros.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-63701885