O consumo das famílias, motor do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, cresceu 1% no terceiro trimestre de 2022, frente aos três meses imediatamente anteriores, apontou nesta quinta-feira (1º) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esse é o principal componente do PIB sob a ótica da demanda –ou seja, dos gastos com bens e serviços. O consumo das famílias responde por cerca de 60% do indicador. O PIB, em termos gerais, subiu 0,4% no terceiro trimestre.
Às vésperas das eleições de outubro, o governo Jair Bolsonaro (PL) buscou estimular o consumo a partir de medidas como a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 e os cortes tributários sobre os combustíveis.
O consumo direcionado a serviços também vem sendo beneficiado pela reabertura de atividades após as restrições da pandemia. Bares, restaurantes, hotéis, academias de ginástica, salões de beleza, comércios e instituições de ensino fazem parte desse segmento.
A inflação elevada, por outro lado, forçou o BC (Banco Central) a elevar os juros. O aperto monetário é considerado o principal responsável pelas projeções de perda de ritmo do PIB a partir da segunda metade de 2022. A inadimplência elevada é outro fator que atrapalha a recuperação do consumo.
INVESTIMENTOS SOBEM 2,8%
O IBGE também informou nesta quinta-feira que os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pelo indicador de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), subiram 2,8% no terceiro trimestre, em relação aos três meses imediatamente anteriores.
O PIB sob a ótica da demanda contempla ainda exportações, importações e consumo do governo.
As exportações tiveram alta de 3,6% no terceiro trimestre. Enquanto isso, as importações avançaram 5,8%. O consumo do governo, por sua vez, aumentou 1,3%.