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Estado de Minas INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Exportações impulsionam alta na produção de veículos no Brasil em 2022

Foram fabricados 205,7 mil veículos leves e pesados no último mês, um aumento de 4,9% na comparação com o mesmo período do ano passado


07/12/2022 19:36 - atualizado 08/12/2022 00:13

Pátio da Fiat em Betim, na Região Metropolitana de BH
Pátio da Fiat em Betim, na Região Metropolitana de BH (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

A produção de automóveis manteve o ritmo de crescimento em novembro, segundo a Anfavea (associação das montadoras). Foram fabricados 205,7 mil veículos leves e pesados no último mês, um aumento de 4,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em relação a outubro, o crescimento é de 4,7%, enquanto no acumulado do ano há alta de 6,9%.

O aumento das exportações tem ajudado a manter as fábricas ativas em um cenário ainda afetado pela crise de fornecimento de semicondutores. As vendas ao exterior passaram de 334,8 mil unidades entre janeiro e novembro de 2021 para 449,7 mil em igual período de 2022, uma alta de 34,3%.

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O México ultrapassou a Argentina como maior comprador dos automóveis produzidos no Brasil. Chile e Colômbia também se destacaram.

"O mercado argentino andou de lado, não houve grandes quedas, mas também não houve crescimento", disse Márcio Lima Leite, presidente da Anfavea, durante entrevista coletiva realizada nesta quarta (7).

Já as vendas seguem impulsionadas pelas locadoras, mas o encarecimento do crédito e dos produtos tem afetado o desempenho no varejo. Esse segmento também foi influenciado pelos eventos recentes, como a Copa do Mundo e o período eleitoral.

Os emplacamentos de veículos leves e pesados registraram o segundo mês acima de 200 mil unidades em 2022. Novembro terminou com 204 mil licenciamentos, número que inclui carros de passeio, veículos comerciais leves, ônibus e caminhões. Os dados são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).

Na comparação com outubro, houve alta de 12,8%. Já em relação a novembro de 2021, o crescimento é de 17,9%.

A dificuldade de acesso ao crédito se reflete no aumento das vendas a vista, que representaram 69% dos negócios em novembro, segundo a Anfavea.

Márcio Lima Leite disse que, no histórico da associação, não foi encontrado um período em que a comercialização a prazo, que ficou em 31% no último mês, representasse um percentual tão baixo.

O problema se relaciona também com o crescimento das vendas diretas, que representaram 52% dos emplacamentos em novembro. As locadoras são as principais clientes nessa modalidade.

O presidente da Anfavea disse acreditar que ainda é possível superar o volume de vendas registrado em 2021.

A associação vem mantendo a projeção feita em julho, em que calcula uma alta de 1% na comercialização na comparação com o ano passado.

"Temos que vender 252 mil unidades para atingir a meta de crescimento, esse é um número factível", afirmou Leite.

As previsões para 2023 serão divulgadas na segunda semana de janeiro. A Anfavea espera por um cenário melhor no fornecimento de componentes, incluindo o anúncio de incentivos para a produção nacional de semicondutores. O tema segue em discussão neste fim de mandato da gestão Jair Bolsonaro (PL).


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