Elon Musk não é mais o homem mais rico do mundo, depois que uma das suas empresas, a Tesla, teve uma queda acentuada no valor de suas ações.
Agora, o francês Bernard Arnault, presidente-executivo do grupo de artigos de luxo LVMH, é o homem mais rico do mundo, de acordo com a Forbes e a Bloomberg.
A empresa liderada por Arnault, de 73 anos, detém cerca de 70 marcas de roupas, cosméticos, vinhos e outros artigos de luxo, incluindo a Louis Vuitton, Marc Jacobs, Sephora e Chandon.
Musk tem US$ 178 bilhões (R$ 944 bi). Ele é o executivo-chefe e maior acionista da Tesla, com participação de cerca de 14% na empresa de carros elétricos.
Em outubro, ele concluiu a aquisição da rede social Twitter por US$ 44 bilhões. A compra ocorreu após meses de batalhas na Justiça. Musk fez a oferta de US$ 44 bilhões em abril e, em julho, desistiu do acordo, alegando preocupação com o número de contas falsas na plataforma.
Os executivos do Twitter acionaram então a Justiça para que Musk se mantivesse na negociação.
Para alguns analistas, as confusões envolvendo o Twitter foram um dos motivos para a queda do preço das ações da Tesla.
"Musk passou de um super-herói para ações da Tesla, para um vilão aos olhos do mercado financeiro, à medida que os excessos se acumularam a cada tuíte", opina Dan Ives, da empresa de investimentos Wedbush Securities.
"O circo do Twitter prejudicou as marcas de Musk, o que é um grande prejuízo para as ações da Tesla. Musk é a Tesla e a Tesla é Musk."
O bilionário também vendeu bilhões de dólares em ações da Tesla para ajudar a financiar a compra do Twitter, o que ajudou a derrubar as ações.
Investidores também temem que a demanda pelos carros elétricos da empresa possa desacelerar, à medida que a economia de vários países enfraquece, os altos custos de empréstimos desencorajam os compradores e outras empresas estão ampliando sua oferta de veículos elétricos.
A Tesla também foi atingida por recalls, bem como por investigações sobre acidentes e sobre sua ferramenta de piloto automático.