As empresas do comércio varejista de Minas Gerais estão otimistas com o Natal. Segundo a Fecomércio, mais da metade — 56,4% – espera vender mais que no ano passado, entre outros motivos, pelo valor afetivo da data (40,4%), melhoria das expectativas e confiança do consumidor (18,7), aquecimento do comércio (13,55%) e fim da pandemia (10,3%).
Estudo da Confederação Nacional do Comércio estima que, no Brasil, o período natalino deve movimentar R$ 65,01 bilhões em vendas, refletindo um aumento de 1,2% no faturamento, descontada a inflação. Minas Gerais deve ser o segundo estado com maior impacto, movimentando R$ 5,59 bilhões.
Apesar do otimismo em destaque, ele é menor que no ano passado, quando 69,6% dos lojistas esperavam melhores vendas. Neste ano, 20,9% esperam vendas iguais, e 17,6%, piores. Para os últimos, os motivos para uma queda nos resultados são o ano eleitoral (21,2%), endividamento do consumidor (16,1%), Copa do Mundo (13,6%), preços altos (11,9%) e comércio fraco (11%).
Mas ninguém pretende ficar parado olhando. Mais da metade dos lojistas responderam que vão oferecer promoções e liquidações (53,2%) ou investir em propaganda (51,3%). Outros 17,6% pretendem se beneficiar da diversidade de itens, com "mix" de produtos atrativos.
Os gastos médios com presentes não devem passar da faixa entre R$ 200 e R$ 100, pelas expectativas. É esperado um volume maior de compras na última quinzena do mês, a partir do dia 15 – às vésperas do feriado de Natal.
As expectativas positivas, mas moderadas para a data, a principal no calendário do comércio varejista, acompanham o movimento do setor neste último trimestre. Os lojistas responderam que acham, na sua maioria (51,2%), que os últimos três meses sejam melhores que os do ano passado. Mas a outra metade não está tão confiante, e 18,8% prevê uma piora no balanço financeiro nessa reta final.
A pesquisa foi conduzida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) entre os dias 1 e 7 de outubro, com 402 empresas espalhadas por todas as regiões do estado.