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Estado de Minas PRODUÇÃO

PIB de Minas Gerais cai 2,8% no 3º trimestre; veja os principais recuos

Plantio do café e a extração de minério de ferro contribuíram para resultado negativo. Trimestre fechou com PIB de R$ 240,2 bilhões, 9,4% do de todo o país


15/12/2022 14:57 - atualizado 15/12/2022 17:07

Plantação do agronegócio.
Queda no setor agropecuário tem como uma das causas os maus resultados da safra de café. (foto: Seapa/Divulgação)
O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, que mede o conjunto da riqueza produzida no estado, registrou uma queda de 2,8% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período anterior. O principal setor a puxar o recuo foi a agropecuária (-5,7%), seguido pela indústria (-2%).

Com isso, o trimestre fechou com PIB de R$ 240,2 bilhões, 9,4% do nacional. A maior rubrica é a de serviços, com R$ 133,3 bilhões (62,3%). Em segundo está a indústria, com R$ 64,9 milhões (30,4%), e, por último, a agropecuária, com R$ 15,6 bilhões (7,3%). 

Segundo o relatório trimestral da Fundação João Pinheiro (FJP), a queda no setor agropecuário tem como uma das causas os maus resultados da safra de café.

As previsões para o grão, que responde por quase metade das exportações do agronegócio no estado, foram reduzidas em razão das secas, geadas e chuvas intensas em todas as regiões produtoras – em especial no Sul de Minas, onde está concentrada maior parte dos plantios. A principal colheita é justamente no terceiro trimestre.

Na indústria, a extração mineral registrou uma queda significativa, de 7,3%. A transformação também caiu, com -1,2%, assim como energia e saneamento, com -1,3%.

A extração mineral foi impactada pela redução da demanda, em especial do principal comprador da commodity, a China. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o faturamento do subsetor entre julho, agosto e setembro caiu de R$ 108,7 bilhões, em 2021, para R$ 75,8 bilhões, em 2022 – uma redução de 30%.

Na transformação, houve redução da atividade nos segmentos metalmecânico, fabricação de minerais não metálicos, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, além de bebidas, químicos e produtos têxteis.

O resultado do subsetor de energia e saneamento foi influenciado pela redução do uso de energia elétrica pela indústria de extração mineral e de transformação, em especial. Apesar disso, os reservatórios das hidroelétricas foram recuperados com as chuvas.

Um leve aumento, indicativo de estagnação, foi registrado apenas no setor de serviços (0,6%). Comércio e administração pública cresceram 0,5% cada, mas a atividade de transportes teve variação negativa (-0,5%). A queda no último está ligado à redução do escoamento da produção do setor industrial e do agronegócio.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda


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