O petista deve assumir a pasta reformulada, que votará a se chamar Ministério da Fazenda. De férias há cerca de duas semanas, Guedes deixou o dia a dia do governo e a missão de participar da transição para o secretário-executivo Marcelo Pacheco dos Guaranys.
A ausência de Guedes levou a equipe de Haddad a fazer uma pesquisa técnica para saber se isso teria alguma consequência jurídica na hora de ele assumir o cargo.
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Ela inexiste, já que a nomeação de Haddad estará garantida pela assinatura de Lula (PT). Logo depois que tomar posse, como reza a tradição, Lula deve assinar a nomeação de todo o seu ministério no Palácio do Planalto, posando para a foto com a equipe que marcará o início de seu governo.
A transmissão de posse no ministério, assim, é apenas um ritual em que o ministro que sai faz um balanço e deseja sorte ao sucessor.
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A ausência de Guedes não será a única. A expectativa é que vários ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), alguns orientados pelo próprio presidente, não participem da posse de seus sucessores.
Ciro Nogueira, que comandava a Casa Civil, por exemplo, até já pediu exoneração.
Já Bolsonaro deixou o Brasil e não passará a faixa a Lula.
A posse de Haddad será no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), já que o número mais de 700 convidados confirmaram presença na cerimônia e o auditório do Ministério da Fazenda não seria apropriado para acomodar a todos com conforto.
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No CCBB, os presentes serão acomodados em três ambientes.
A equipe do Ministério da Fazenda busca agora um livro que contém a assinatura de praticamente todos os brasileiros que comandaram a pasta —que já foi ocupada por personagens históricos como o jurista Ruy Barbosa.