Os postos de gasolina de Belo Horizonte amanheceram nesta quarta-feira (25/01) com o preço da gasolina mais alto. Um reajuste de 7,47% foi anunciado ontem (24) pela Petrobras, com validade a partir de hoje — e os postos correram para atualizar o preço de venda do combustível.
A equipe de fotógrafos do Estado de Minas registrou o momento exato do aumento em um dos postos. Na avenida do Contorno, o Posto Bretas vendia a gasolina por R$ 4,74, e, instantes depois, estava cobrando R$ 4,99. A variação, de 5,3%, não cobre o total do reajuste feito pela estatal do petróleo, e novos repasses ainda podem ser feitos.
O aumento foi semelhante em pelo menos 4 estabelecimentos da região, atingindo a marca dos R$ 4,99. Foi o caso do posto Odeon, onde a gasolina passou de R$ 4,77 para R$ 4,97. Ana Paula Santos, 42 anos, gerente, não se lembra da última vez que o preço chegou nesse patamar. Questionada se haverá novos aumentos nos próximos dias, ela garantiu que, mesmo com um repasse inferior ao reajuste da Petrobras, não há previsão de novas mudanças no preço.
“É o primeiro aumento do ano, e não temos previsão para aumentar mais. No começo deste ano teve aquele susto, achando que ia aumentar, mas não conseguiram”, comentou a gerente, se referindo à apreensão sobre como ficaria a cobrança do ICMS e outros impostos sobre o combustíveis neste ano. Na ocasião, uma medida provisória do novo governo prorrogou as isenções.
O repórter cinematográfico Leonardo Eustáquio, de 46 anos, abasteceu o carro hoje e se surpreendeu. “Tinha que congelar o preço por mais dois meses. Não cumpriram a promessa, a Petrobras deu o aumento na tora”, comentou.
Ele abastece o carro regularmente, pois usa o veículo para trabalhar. O aumento, segundo ele, ainda está sob controle — mas, se continuar, Leonardo teme que terá que ir trabalhar a pé.
O Procon BH foi questionado, e respondeu que é “natural” o repasse do valor na bomba, uma vez anunciado o ajuste da Petrobras, e que, até o momento, não há qualquer denúncia sobre práticas abusivas.
“É importante ressaltar que a determinação de preços é uma prática de livre mercado, sem qualquer interferência do Procon-BH, a não ser em casos configurados como práticas ilegais”, informou o órgão.
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