Preços da picanha, frango e cortes suínos caem na Grande BH, em fevereiro

Uma pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro e o aplicativo comOferta.com, entre os dias 1 e 3 de fevereiro de 2023, apontou redução de até 8.18% no preço médio de diversas carnes na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A pesquisa consultou o preço médio do quilo de carnes bovinas, suínas, frango e salsicha em 37 estabelecimentos.

O filé mignon, que em janeiro custava em média R$ 71,08, caiu para R$ 68,81, redução de 3,19%. A picanha tradicional caiu 6,67%, passando de R$ 71,89 para R$ 67,07.

O preço dos cortes de frango também caiu bastante. O preço médio do quilo de peito de frango foi de R$ 14,27 para R$ 13,26, redução de 7,1%. O filé de peito, por sua vez, ficou 5,41% mais barato, indo de R$ 21,54 para R$ 20,38.

A maior redução encontrada na pesquisa foi do quilo da salsicha comum, de R$ 11,62 para R$ 10,67, uma redução de 8,18%. Dentre os principais cortes suínos, se destaca o copa lombo, que ficou 3,9% mais barato. O quilo, que custava R$ 19,33, passou a R$ 18,58.

A pesquisa também calculou a variação dos preços do quilo das carnes nos estabelecimentos consultados. Nos cortes bovinos houve variações superiores a 100%. 

Feliciano Abreu, Coordenador do site Mercado Mineiro e do aplicativo comOferta, afirmou que a variação de preços se intensifica quando há modificação na quantidade de oferta do produto e que, por isso, o consumidor precisa ficar atento e pesquisar.

“Essa queda dos preços se dá devido a uma baixa demanda. A gente teve um mês de janeiro muito fraco em matéria de vendas, principalmente em carnes. Esse se tornou um produto muito atípico. Parece que não, mas houve uma redução de consumo. Foi uma redução do consumo doméstico. A gente tem consumido menos”, explicou. 

 

Maria das Graças foi às compras na tarde desta segunda-feira (6/2), para ela os preços continuam altos o que reduziu consideravelmente seu consumo de carne. “Ainda tá caro. Pelo salário que tá bem pequeno, tá caro sim, mas eu vou sempre no mais barato”, comentou.

Abreu destacou ainda que houve uma redução no custo de produção das carnes e que isso favorece a redução dos valores repassados ao mercado interno. Ele ressaltou ainda que não se trata de queda nas exportações, já que estas seguem batendo recordes.

Feliciano comemorou, também, a redução do preço do frango. “O frango teve uma redução muito forte. O frango que estava com preços altíssimos, principalmente no último trimestre do ano passado, agora deu uma reduzida boa. Quando o frango cai, a população de baixa renda têm mais condições de consumir e isso é bom pro mercado, porque se você consumir mais frango, as carnes bovina e suína tendem a cair mais, em função da oferta e pouca demanda”, finalizou.

Jaqueline Fabíola notou a redução dos preços, mas ainda é preciso atenção na hora de gastar.  Ela também destaca que durante o momento de alta no valor da carne precisou reduzir o consumo. “Você tem que pesquisar em muitos açougues para saber onde comprar e descobrir onde está compensando mais”, disse.

Por outro lado, Thiago Araújo, que comprou dois quilos de Chã de Dentro por R$ 17 e Suan, os preços continuam a mesma coisa nas últimas semanas, “sem alterações, nem subiu, nem abaixou”, contou. 

Hermes dos Anjos, 34 anos, é açougueiro no Açougue e Sacolão Aimorés, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo ele, a baixa dos preços das carnes já foi notada no estabelecimento. "Diminuiu bastante, principalmente a carne de porco. Diminuiu até R$ 5. Carne de frango também abaixou muito. Filé de peito, coxa, peito com osso, tudo caiu", disse.

 

"É bom pra todo mundo, pro bolso dos consumidores, para o patrão, para os funcionários. Tomara que continue assim", finalizou.