A Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão definitiva da concessão de empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, programa que voltará a ser chamado de Bolsa Família. Segundo o banco — que operava a maior parte dos contratos dessa modalidade com desconto em folha —, a linha de crédito deixará o portfólio após a realização de "estudos técnicos".
O consignado foi bastante criticado por apontar o risco de endividamento ainda maior da população mais vulnerável. O Ministério Público (MP), junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), já havia pedido também a suspensão cautelar dos empréstimos à época da eleição do ano passado, alegando possível desvio de finalidade e uso eleitoral.
A modalidade de crédito já estava suspensa desde o dia 12 de janeiro. À época, o banco justificou que o Ministério do Desenvolvimento Social estava revisando o cadastro dos beneficiários do Auxílio Brasil, o que exigiria a suspensão temporária de novos contratos. A instituição alegou ainda que os juros da modalidade eram altos, de acordo com a presidente do banco, Rita Serrano.
Para os contratos já realizados, no entanto, nada vai mudar. “O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, destacou o banco em comunicado à imprensa.
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