A reoneração de tributos federais que incidem sobre gasolina e etanol prevista para esta quarta-feira (1/3) causou filas e um maior movimento nos postos de combustíveis de Belo Horizonte.
"A mudança do combustível afeta muito nosso orçamento semanal, principalmente para mim, que moro em BH, estudo em Vespasiano e trabalho em Betim", justificou a dentista e estudante de medicina Luiza Andrade. "Primeiro alerta que vejo de aumento de combustível, já me desloco para o posto para abastecer, pois qualquer mudança no valor já faz toda diferença", completou.
A preocupação dela é a mesma do contador Cláudio Madeira, de 56 anos, que afirmou que o aumento "pesa muito no bolso do brasileiro".
"Passei em uns três postos perto da Amazonas, e todos estavam R$ 4,99. Resolvi ir ao posto que abasteço sempre, demorei uns 15 minutos, mas abasteci a R$ 4,78", disse Cláudio sobre sua pesquisa de preços.
Ele acredita que o retorno dos impostos levará o combustível da capital mineira a R$ 5,50 e questiona: "Se o governo pode trabalhar com uma margem mais baixa de impostos, por que não fazer?".
No primeiro dia do novo governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma medida provisória para prorrogar a desoneração completa sobre álcool e gasolina.
Em uma tentativa de conter o alto preço sobre os combustíveis e a queda de popularidade, antes das eleições presidenciais, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou a decisão de zerar as alíquotas com prazo até 31 de dezembro.
Para reduzir o impacto fiscal, o novo governo prorrogou a desoneração sobre a gasolina e o etanol apenas até 28 de fevereiro deste ano. Os demais combustíveis (diesel, biodiesel e gás de cozinha) tiveram o benefício prolongado até 31 de dezembro.
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