A maioria das redes de supermercado em Minas Gerais acredita que os consumidores devem optar pelo consumo de chocolate em barra ou outros formatos além dos tradicionais ovos, durante esse período de vendas de Páscoa, que este ano cai em 9 de abril. Segundo levantamento feito pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), 74,3% dos lojistas acreditam nesse comportamento dos compradores.
Mais caro que os formatos convencionais de chocolate, os ovos de Páscoa já são vistos em exposição pelas lojas do estado desde fevereiro. Entre os entrevistados, pelo menos 25% vão manter a aposta no item queridinho da Páscoa.
De acordo com o presidente executivo da Amis, Antônio Claret Nametala, a perspectiva de crescimento no consumo do chocolate em si, incluindo os ovos, é de 5,5%. “Nesse período, há uma venda expressiva (de chocolate). Fora da sazonalidade ele tem um percentual normal, mas esse crescimento se dá pela data”, afirmou Claret.
A diferença do preço do ovo de Páscoa em relação a outros formatos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Acib), se dá pela produção de alta complexidade. Mais sensíveis ao calor, os ovos também precisam de um transporte diferenciado, em câmaras frias que garantem que não derretam.
Uma pesquisa do site Mercado Mineiro, realizada na páscoa do ano passado, demonstrou que o ovo de Páscoa pode custar até 334% a mais do que a barra. O site de pesquisa também havia encontrado variações de até 62% nos valores de barras e ovos.
Demanda deve ser 3,5% maior na Páscoa
A pesquisa da Amis, divulgada nesta quinta-feira (9/3), também revela uma expectativa de crescimento médio no setor de 3,5% na demanda ocasionada pela Semana Santa e Páscoa, quando os consumidores procuram o varejo e se preparam para encerrar a Quaresma com chave de ouro, reunindo familiares nos famosos almoços de domingo.
“A Páscoa é uma data muito expressiva para o setor, porque o consumidor muda um pouco seus hábitos. Evidentemente ele consome menos carnes vermelhas, por exemplo, mas migra para peixes e bacalhau. O crescimento desses itens equilibra o resultado geral e as empresas precisam estar preparadas para isso”, disse Claret.
As expectativas levantadas com 120 empresas do setor supermercadista ainda revelam que a demanda por bacalhau e peixes em geral deve crescer 4,33% e 5,74% respectivamente. Já em relação aos demais itens que compõem o almoço pascal, como as batatas, os lojistas esperam um crescimento de 5,35%
Bebidas
Para regar os banquetes e refeições, o consumo de sucos e refrigerantes deve ter um aumento de 3,7% em comparação com o mesmo período de 2022, segundo a pesquisa.
Nas bebidas alcoólicas, o levantamento não revela um comparativo de crescimento com a última páscoa. Por outro lado, a aposta dos supermercadistas para o período é na cerveja convencional: 80% das empresas entrevistadas, esperam um aumento na procura.
Já em relação aos Vinhos, 17,1% dos supermercados esperam um aumento na procura, e se tratando das “bebidas quentes” (destilados), 2,9%.
*Estagiário sob supervisão
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine