O preço médio da gasolina caiu R$ 0,26 nos últimos 15 dias na Grande BH. É o que afirma a pesquisa do Mercado Mineiro e aplicativo comOferta.com por meio de levantamento feito em 191 postos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ocorrido entre os dias 20 a 22 de março de 2023.
No último estudo, realizado no dia 5 de março, a gasolina custava R$ 5,49, e, atualmente, esse preço médio é de R $5,23, uma queda de 4,74%. Dos 191 postos avaliados, o menor valor encontrado para a gasolina comum foi R$ 5,09 e o maior R$ 5,69 — uma variação de 11,79%.
No caso do Etanol, o menor preço pesquisado foi de R$ 3,59 e o maior de R$ 4,18, com uma variação de 16,43%. Se comparado ao levantamento do início de março, o preço médio do etanol caiu 3,55%, um total de R$ 0,14, passando de R$ 3,94 para R$ 3,80.
O diesel diminuiu o valor de R$ 5,98 para R$ 5,88, uma queda de R$0,10 ou 1.67% em relação à primeira semana de março. O menor preço do diesel encontrado nos postos foi de R$ 5,59 e o maior R$ 6,49 — uma diferença de cerca de 16%.
A reportagem rodou alguns postos da capital e encontrou reduções pequenas, de 1 e 3 centavos na gasolina. Um posto na Av. Tereza Cristina nem teve redução no preço do etanol.
A pesquisa completa com a região e o bairro de todos os postos avaliados está no site no Mercado Mineiro.
Palavra dos consumidores
Nesta manhã, Naldo Lima abasteceu o veículo em um posto da Av. Tereza Cristina e disse que a redução do preço é uma enganação. "Eu senti ‘um pouquinho de nada’ de diferença, porque, na verdade, ano passado a diferença era muito maior. Então me desculpe a franqueza, mas isso aí é para enganar bobo: aumentar a gasolina em um real e depois diminuir alguns centavos", fala.
Já o motorista Ivan Linhares tem uma opinião favorável à redução encontrada nos postos. "A gasolina estava R$5,25, hoje já está R$5,15; e o etanol está R$3,50. Tá abaixando, né, e isso é bom. O pouco que a gente economiza dá para dar uma adiantada. No tanque economizei uns 7 a 8 reais", expõe.
O subgerente Filipe Basílio, do posto Quick, no Padre Eustáquio, acredita que a redução de preço continuará. “Não vi nenhum aumento considerável na clientela. Está o mesmo movimento, até porque abaixou só um pouco o preço”, relata.
Economista explica a variação
André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica a variação que vem acontecendo no preço da gasolina, e que no início de março houve aumento e 15 dias depois uma queda. "O que aconteceu com os combustíveis foi que a partir de março o governo voltou a cobrar os impostos federais que foram zerados no ano passado. O Governo precisa de recursos para tocar a máquina pública e fica muito difícil buscar um equilíbrio fiscal. Não houve jeito a não ser voltar com a cobrança", comenta.
"No meio dessa retomada das cobranças dos impostos, o preço do barril do petróleo tá caindo. Então esse recuo no preço do barril do petróleo ajudou a Petrobras a rever pra baixo o preço da gasolina", completa.
Ele alerta que a queda no preço dos barris de petróleo é menor do que o efeito causado pela volta da cobrança dos impostos, por isso a gasolina deve aumentar, ainda neste mês, algo por volta de 8%. Mas ao longo do ano a expectativa é positiva, já que com o mundo desacelerando e a economia mundial crescendo em ritmo devagar a tendência é que a demanda por petróleo caia, ajudando a manter o preço da gasolina mais baixo por muito tempo.
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