A Gerdau está avaliando a possibilidade de ampliar em R$ 5 bilhões os investimentos em Minas Gerais, segundo anunciou o presidente da empresa, Gustavo Werneck. De acordo com ele, a siderúrgica já realiza investimentos da ordem de R$ 5 bilhões no estado em nova linha de produção na usina de Ouro Branco, na mineração, na ampliação das florestas de eucalipto e em energias renováveis, principalmente solar e eólica. Com os projetos em execução, estão sendo gerados 6 mil empregos.
“Boa parte dos investimentos anunciados em 2019 estão sendo desembolsados e nós estamos discutindo um novo pacote e a perspectiva é bastante favorável”, afirmou Werneck, ao lembrar que primeiro serão encerrados os investimentos em andamento, que devem ser concluídos até o fim do próximo ano.
No primeiro trimestre deste ano, os investimentos em Minas Gerais consumiram quase metade dos R$ 954 milhões aportados pela siderúrgica em todas as suas operações. Entre os projetos estão a instalação de um laminador de bobinas a quente em Ouro Branco, verticalizando a produção na usina para o mercado de ações planos, a expansão das florestas de eucalipto e nas minas de minério de ferro, que desde fevereiro operam com empilhamento a seco de rejeitos, tecnologia que substitui as barragens.
Ao ressaltar que o novo pacote de investimentos dependerá das condições e que Minas Gerais tem hoje ambiente propício para negócios, Gustavo Werneck informou que o novo pacote de aporte de recursos no estado vai se concentrar na busca de modernização das Minas e expansão para atender as usinas da companhia no estado, em meio ambiente nas usinas de Barão de Cocais e Divinópolis, na aquisição de terras e reflorestamento e em parques solares e eólicos para geração de energia elétrica renovável. “No geral, não vamos fugir muito disso e seriam planos para 2030”, informou Werneck.
Resultado
A Gerdau fechou o primeiro trimestre deste com lucro líquido ajustado de R$ 2,4 bilhões, com queda de 18,8% em relação a igual período do ano passado, quando a companhia lucrou R$ 2,94 bilhões, mas iniciando recuperação de 79,1% em relação ao lucro líquido ajustado de R$ 1,33 bilhão entre outubro e dezembro. Apesar da queda na comparação anual, Gustavo Werneck destacou que “o Ebitda ajustado de R$ 4,3 bilhões foi o segundo melhor de toda a nossa série histórica”. De janeiro a março do ano passado, o Ebitda chegou a R$ 5,83 bilhões. E foi de R$ 3,63 bilhões no quarto trimestre.
De acordo com o executivo, a empresa conseguiu “mitigar os riscos de um cenário bastante desafiador” no Brasil e nos Estados Unidos. "Nós tivemos recuperação de vendas em relação ao quarto trimestre (de 2,67 milhões de toneladas para 2,98 milhões de toneladas) e nossas despesas com o custo de venda estão abaixo da média da indústria do aço”, destacou Werneck.
O vice-presidente executivo de Finanças (CFO) da Gerdau, Rafael Japur, lembrou que o primeiro trimestre do ano passado foi o melhor para a companhia em toda a sua história. “O conflito da Rússia com a Ucrânia puxou os preços dos produtos nos Estados Unidos e no Brasil e nós tivemos 100 mil toneladas a mais de exportação no primeiro trimestre de 2022", disse Japur. Ele lembrou ainda que naqueles meses os juros estavam mais baixos, assim como as incertezas internas.
A receita líquida da Gerdau fechou o período de janeiro a março deste ano em R$ 18,87 bilhões, com alta de 5,1% em relação aos R$ 17,964 bilhões do quarto trimestre e queda de 7,2% sobre os R$ 20,33 bilhões apurados nos três primeiros meses do ano passado.
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