A gasolina comum em Belo Horizonte pode chegar a R$ 4,61 após o anúncio de redução de preços da Petrobras. A situação, porém, está diretamente ligada ao repasse integral dos valores para os consumidores, por parte das distribuidoras e postos de combustíveis.
Nesta terça-feira (16/5) Jean Paul Prates, presidente da estatal, disse que o gás de cozinha terá redução de 21,3%, a gasolina, 12,6%, e o diesel, 12,8%. Na prática, esses valores chegarão primeiro às refinarias, depois às distribuidoras e, por último, nos postos, onde os consumidores terão acesso.
Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead), atualmente, o valor médio da gasolina comum em BH é de R$ 5,28 e, se houver o repasse integral da redução de preços para o consumidor, o preço muda para R$ 4,61. Ou seja, o litro ficaria R$ 0,67 mais barato.
O mesmo ocorre com o gás de cozinha, o valor médio considerado pelo Ipead é de R$ 121,70 e passaria para R$ 95,66.
De acordo com Diogo Santos, economista do Ipead, essa redução de preço resulta num controle maior da inflação. "Os combustíveis e gás de cozinha no geral, tem um peso muito grande no cálculo da inflação, porque são itens muito consumidos. Então, se eles caírem e essa queda for repassada ao consumidor, vai implicar em um efeito muito benéfico", diz.
Entenda
A Petrobras anunciou hoje o fim da paridade de preços do petróleo com o dólar e o mercado internacional. A declaração foi dada em coletiva de imprensa do presidente da petroleira, Jean Paul Prates, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Durante sua fala, Prates esclareceu que a empresa não irá abandonar a referência internacional, mas sim a paridade de importação. "É bom enfatizar que referência não é paridade de importação, é referência internacional. Portanto, isso significa que, evidentemente, quando o mercado lá fora estiver aquecido e o petróleo e seus derivados com preços fora do comum, consolidadamente mais altos, isso será refletido no Brasil, porque 'abrasileirar' os preços significa levar as nossas vantagens em conta, porém sem tirar o Brasil do contexto internacional, evidentemente", explicou.
De acordo com o ministro, estava na hora de "abrasileirar" o preço dos combustíveis. "Era hora de sinalizar de forma clara que o governo Lula vai cobrar de todas as empresas que cumpram com o seu papel social, compreendendo que elas têm que ser competitivas, lucrativas e atrativas para os investidores. De forma alguma, a Petrobras deixará de ser atrativa para os investidores", declarou.
É previsto que, a partir desta quarta-feira (17/5), nas refinarias, a gasolina reduza, no mínimo, R$ 0,40 por litro. Já o diesel, R$ 0,44 por litro, e o gás de cozinha, R$ 8,97.
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