Na foto, plantacao de cafe na fazenda Nossa Senhora Aparecida

A produção de cafés especiais tem mostrado um crescimento anual expressivo, ultrapassando 10% nos últimos cinco anos.

Marcos Michelin/EM
O Sul de Minas Gerais, maior região produtora de café do país, tem se destacado também na produção de cafés especiais, sendo responsável por quase 90% das exportações brasileiras desse segmento. A data de 24 de junho, considerada Dia Nacional do Café, marca o começo da colheita nas principais áreas cafeeiras do Brasil.

A produção de cafés especiais tem mostrado um crescimento anual expressivo, ultrapassando 10% nos últimos cinco anos. Isso se deve, principalmente, à valorização dos cafés especiais e ao reconhecimento internacional da origem brasileira desses produtos.

Um café especial é aquele que não possui defeitos e que, na avaliação sensorial, alcança mais de 80 pontos. A maior homogeneidade de sabores na xícara faz com que o valor percebido pelo consumidor aumente, impulsionando o consumo tanto no Brasil quanto no exterior.

Os cafés especiais representam cerca de 20% da safra brasileira, totalizando aproximadamente 8 milhões de sacas. Destas, quase 90%, ou 7 milhões de sacas, são exportadas, enquanto apenas 900 mil são consumidas no mercado interno.

Os principais mercados importadores de cafés especiais brasileiros são Estados Unidos, Europa e Japão, que juntos consomem mais da metade desse tipo de café no mundo. Entretanto, Vinícius destaca o crescente interesse de novos mercados, como Oriente Médio e Sudeste Asiático, que começam a descobrir e valorizar os cafés especiais brasileiros.

A busca por sustentabilidade na cafeicultura nacional também é ressaltada na produção de cafés especiais. Nesse contexto, o Sul de Minas Gerais tem desempenhado um papel fundamental, apresentando-se como uma excelente origem para cafés especiais consumidos tanto no Brasil quanto no exterior.