Nesta quinta-feira (25/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará uma série de medidas com o objetivo de diminuir o preço de carros populares no Brasil. O governo tem estudado desde o início do mês a possibilidade de reduzir o valor dos veículos de entrada no mercado nacional, com a intenção de vendê-los por, no máximo, R$ 60 mil. Lula tem se manifestado sobre o alto preço dos automóveis populares, argumentando que a população mais carente não consegue mais adquirir um carro zero quilômetro. Atualmente, apenas dois modelos são considerados de entrada no país: Renault Kwid (R$ 68,2 mil) e Fiat Mobi (R$ 69 mil).
Para viabilizar a diminuição do valor dos carros, o governo estuda cortar tributos, em especial o imposto sobre produtos industrializados (IPI), que representa uma das maiores alíquotas incidentes nos custos de fabricação de um veículo. Desde agosto do ano passado, a carga do IPI já foi reduzida em quase 25% sobre os automóveis. O governo de Lula analisa a possibilidade de uma redução ainda maior para modelos com valor até R$ 100 mil. Outra alternativa em análise é a diminuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no entanto, essa negociação pode ser mais complexa, já que o tributo é de competência estadual e depende da aprovação dos governadores.
Além disso, o governo trabalha na criação de uma linha de crédito mais atrativa para financiamento, incluindo juros subsidiados e prazos mais longos para pagamento das parcelas. O uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também está sendo estudado para facilitar a compra de carros de entrada, seja liberando seu uso para essa finalidade ou como um 'fundo garantidor' em casos de inadimplência. Essas medidas, de curto prazo, têm como objetivo ampliar o acesso da população a carros novos e impulsionar a cadeia produtiva do setor automotivo brasileiro.
O anúncio das medidas será feito pelo presidente Lula junto ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). O governo tem sido pressionado por representantes de montadoras, empresas de autopeças e concessionárias a lançar o programa como forma de aquecer o mercado, já que nos últimos meses houve suspensão de produção e férias coletivas aos trabalhadores devido à baixa demanda.
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