Durante um painel realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quinta-feira (25/5), o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, enfatizou que a contínua harmonização das políticas fiscais da pasta e a política monetária do Banco Central pode criar condições para diminuição da taxa básica de juros, a Selic.
Galípolo, que foi indicado pelo governo para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, explicou que a harmonização mencionada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visa tomar medidas que, aos poucos, criem um ambiente onde os preços dos ativos permitam um cenário propício para uma taxa de juros que possa trazer resultados positivos para a economia brasileira.
De acordo com Galípolo, ações como a reoneração dos combustíveis e o arcabouço fiscal têm contribuído para superar o ceticismo do mercado, o que pode ser evidenciado pela melhora nos preços dos ativos. O secretário exemplificou essa afirmação mencionando a valorização do real em relação ao dólar desde o início do ano e a queda nas taxas dos contratos de juros futuros de prazo mais longo.
Conforme informado por Galípolo, a curva de juros indica que o mercado espera uma redução de 350 pontos-base na taxa básica de juros nos próximos 18 meses. Atualmente, a Selic está em 13,75%. Por volta das 15h40, a taxa do contrato DI com vencimento em 2025 apresentava uma queda de 14 pontos-base, registrando 11,49%. O contrato de dólar futuro mostrava alta de 1,65% na B3, atingindo R$ 5,049. No ano, o dólar futuro apresenta uma queda de 7,23%.
Embora tenha fornecido indícios sobre sua opinião a respeito da redução de juros, quando questionado pelos convidados do evento sobre o tema, Galípolo afirmou ser inadequado fazer comentários, visto que em breve assumirá a diretoria no Banco Central. Entretanto, ele reconheceu que a pergunta é relevante.
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