O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Rosce pediu nesta quinta-feira (25/5) ao deputado federal e líder do governo Reginaldo Lopes (PT-MG) que “o emprego naõ seja esquecido nessa reforma (tributária) e alertou que, caso o trabalho não seja desonerado, há o risco de que o governo tenha que fazer um novo projeto dentro de 30 anos para enviar ao Congresso, ironizando o tempo gasto para se fazer a reforma tributária.
Roscoe, que também é empresário do setor têxtil, lembrou que "boa parte do custo Brasil reside justamente na oneração do trabalho. Ele não é retirado das nossas exportações, nem cobrado quando as importações chegam ao país”. Segundo o empresário, os impostos atrapalham a produção nacional a competir internacionalmente. As afirmações foram feitas na noite desta quinta em solenidade para comemorar o Dia da Indústria, no Minascentro, em Belo Horizonte, com a presença de políticos e empresários mineiros.
Flávio alegou que a força de trabalho no Brasil é "quase três vezes mais onerosa que a média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)". Reginaldo afirmou que segue defendendo a realização da reforma tributária para que o Brasil volte a ser um país expostardor de produtos de valor agregado. "Ter uma indústria forte é fundamental para um projeto de país e o Brasil, infelizmente, industrializou de maneira tardia e desindustrializou de maneira precoce. Hoje o nosso sistema é muito acumulativo de tributos, cobra imposto do imposto. Ele não cobra imposto do valor agregado", pontuou o líder do governo.
As iniciativas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) anunciadas nesta quinta de crédito para micros e pequenas empresas, para inovação e crédito subsidiado também foram citados pelo parlamentar. Roscoe afirmou que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) simplificou a burocracia e criou facilidades para os empreendedores. Mas ressaltou que "o Estado está sedimentado de inúmeras iniciativas que impedem o nosso desenvolvimento”. Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria teve um crescimento de 0,4% em março deste ano, em comparação a fevereiro.
O evento também marcou os 90 anos da Fiemg, e premiou com o título de Industrial do Ano de 2023 Aroldo Teodoro Campos, diretor presidente do Grupo Ematex, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malha de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), membro do conselho da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). Estiveram presentes também, os prefeitos de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD); de Uberaba e representante da Associação Mineira de Municípios (AMM), Elisa Araújo (Solidariedade); a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT); e o vereador e presidente da Câmara Municipal Gabriel Azevedo (sem partido).
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