No primeiro trimestre deste ano, o mercado de imóveis residenciais novos no Brasil registrou declínio tanto nos lançamentos quanto nas vendas, segundo pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Entre janeiro e março, foram lançadas 48,5 mil unidades, representando uma queda de 30,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os lançamentos acumulados nos últimos 12 meses diminuíram 14,2%, totalizando 288,5 mil unidades.
As vendas de imóveis novos no país também apresentaram retração, com uma diminuição de 9,2% no trimestre, atingindo 72,9 mil unidades comercializadas. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um decréscimo de 4,9%, somando 303,7 mil unidades. Com o número de vendas superando o de lançamentos, o estoque de imóveis novos (na planta, em obras e recém-construídos) sofreu uma redução de 6,4% em um ano, totalizando 273,3 mil unidades. Levando em consideração a média de vendas nos últimos 12 meses, caso não ocorressem novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 10,8 meses, enquanto um ano atrás, esse indicador era de 11 meses.
Os dados da CBIC englobam 207 cidades brasileiras e mostram também que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), voltado para imóveis mais populares, enfrentou quedas expressivas no primeiro trimestre. Os lançamentos de imóveis dentro do programa habitacional caíram 41,8%, somando 16,8 mil unidades, enquanto as vendas retrocederam 37,1%, alcançando 24,8 mil. Com isso, o MCMV perdeu participação de mercado: os lançamentos do programa passaram a representar apenas 35% do total no início de 2023, ante 42% no começo de 2022. Já as vendas tiveram uma retração de 50% para 34%.
Segundo Celso Petrucci, presidente da Comissão de Mercado Imobiliário da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 'O Minha Casa Minha Vida perdeu significativamente a proporcionalidade que detinha no mercado imobiliário'.
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