A Venezuela enfrenta a necessidade de apresentar um plano de pagamento para liquidar sua dívida pendente de aproximadamente US$ 1 bilhão com o governo brasileiro. Essa dívida resulta de financiamentos concedidos pelo BNDES para cinco projetos de infraestrutura no país vizinho. O tema foi discutido durante a visita oficial do líder venezuelano Nicolas Maduro ao Brasil nesta segunda-feira (29/5), na qual se reuniu com o presidente Lula.
Conforme relatado pelos assessores do presidente, a dívida atualizada revela que a Venezuela deve US$ 170 milhões diretamente ao BNDES e outros US$ 903 milhões ao FGE (Fundo Garantidor de Exportações), vinculado ao Ministério da Fazenda. O FGE tem o objetivo de prover cobertura para garantias oferecidas pela União em operações de exportação de bens e serviços de empresas brasileiras, atuando como um seguro. A parte segurada já foi paga ao banco, e agora cabe ao governo brasileiro cobrar a dívida da Venezuela.
Ainda não está claro como essa dívida será quitada, mas, de acordo com informações de pessoas envolvidas nas conversas, a questão faz parte do processo de retomada das relações políticas e comerciais entre os dois países.
Até o presente momento, as linhas I e II do Metrô de Caracas, por exemplo, receberam total indenização pelo FGE, somando US$ 73 milhões e US$ 154,5 milhões, respectivamente. As obras da Siderúrgica Nacional, do Estaleiro Astialba e da Conviasa ainda possuem parcelas a vencer no valor de US$ 117 milhões junto ao BNDES. No total, esses projetos já fizeram com que o FGE desembolsasse US$ 675,6 milhões. Neste mês, mais US$ 54,8 milhões serão pagos ao BNDES.
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