O agronegócio tem sido, frequentemente, o motor do crescimento do PIB brasileiro, e os dados divulgados recentemente pelo IBGE reforçam essa tendência. No primeiro trimestre deste ano, a economia do país registrou um aumento de 1,9%, impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu expressivos 21,6%.
Esse desempenho não é novidade, já que o agronegócio tem se destacado como o segmento mais vigoroso da economia nacional há décadas. Nos últimos 20 anos, a produção de grãos saltou de 120,2 milhões para 310,6 milhões de toneladas anuais, um incremento de 258%, e a área cultivada aumentou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, representando um avanço de 76,5%. Esse crescimento se deve, em grande parte, à melhoria na produtividade do setor.
Esse desempenho não é novidade, já que o agronegócio tem se destacado como o segmento mais vigoroso da economia nacional há décadas. Nos últimos 20 anos, a produção de grãos saltou de 120,2 milhões para 310,6 milhões de toneladas anuais, um incremento de 258%, e a área cultivada aumentou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, representando um avanço de 76,5%. Esse crescimento se deve, em grande parte, à melhoria na produtividade do setor.
Tal progresso foi alcançado graças a investimentos significativos em pesquisa e a políticas públicas eficientes voltadas ao campo. A competição no mercado internacional exige que os agricultores brasileiros sejam ágeis e inovadores, e eles têm atendido a essas demandas com sucesso. O desenvolvimento do agronegócio oferece uma valiosa lição no momento em que o governo discute a reindustrialização, ou 'neoindustrialização', do Brasil.
Em contraste com a agropecuária, a indústria nacional vem enfrentando dificuldades. No início dos anos 2000, a indústria representava quase 30% da economia brasileira; hoje, esse índice está próximo a 20% e tende a diminuir ainda mais. Para reverter esse quadro, é fundamental que o setor industrial siga o exemplo do agronegócio: investir em pesquisa, aprimorar a mão de obra e integrar-se às cadeias de valor internacionais, evitando práticas como a reserva de mercado, já comprovadamente ineficientes.
O mundo atual exige produtos sustentáveis, e é importante que o Brasil se alinhe a essa tendência. Nos Estados Unidos, por exemplo, planos de transformação industrial têm foco na transição para uma economia verde e contam com o aporte de bilhões de dólares do governo. No Brasil, essa discussão ainda é incipiente.
O governo brasileiro menciona a criação de uma nova política industrial, mas medidas como subsídios para o aumento das vendas de automóveis parecem ultrapassadas e insuficientes para resolver os problemas do setor. Se o objetivo é dinamizar a economia, seja na indústria ou nos serviços, é imprescindível aprender com o sucesso do agronegócio, caso contrário, o país corre o risco de estagnar ou, pior, empobrecer.
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