Colheitadeira em plantação de cana de açúcar

Redução das taxas básicas de juros (Selic), segundo Abdib, terá efeito positivo no consumo e nos investimentos

Seapa/Divulgação
A alta de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, divulgado nesta quinta-feira (1/6), é comemorado e tido como um avanço positivo da economia. No entanto, de acordo com a Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (ABDIB), os números ainda precisam ser vistos com cuidado, e indicam a necessidade de redução das taxas de juro

De acordo com os dados do IBGE, a economia cresceu 1,9% em relação ao último trimestre de 2022. O destaque ficou por conta do setor agropecuário - que tem um peso de aproximadamente 8% na economia do país -, com uma expansão de 21,6%. Já os serviços cresceram 0,6% enquanto a indústria de transformação caiu 0,6%, registrando um fraco e preocupante desempenho. 

A ABDIB ainda destaca a redução de 3,4% nos investimentos, que são responsáveis pelo crescimento e pela geração de empregos no futuro. Por outro lado, também, houve um crescimento mais do que discreto, de modestos 0,2%, no consumo das famílias e do governo.

Na avaliação da ABDIB, esses números são a demonstração definitiva de que o Banco Central (BC) precisa iniciar imediatamente a trajetória de redução das taxas básicas de juros (Selic), que terá efeito positivo imediato sobre o consumo e poderá, também, estimular os investimentos em concessão de infraestrutura e contribuir com o crescimento da economia.

Atualmente, o BC mantém a Selic em 13,75% ao ano, em uma tentativa de conter os preços e ancorar as expectativas para a inflação. O efeito colateral é a perda de ritmo da atividade econômica, já que o crédito fica mais caro para empresas e consumidores.