Petrobras

Prates afirmou que a Petrobras respeita a autonomia dos órgãos reguladores.

CARL DE SOUZA/AFP
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, assegurou nesta quarta-feira (14/6) que a companhia não pretende pressionar órgãos reguladores, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), para conseguir licenças ambientais. A declaração acontece após um desentendimento entre a empresa estatal e o instituto, que negou permissão para exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

Prates afirmou a repórteres que a Petrobras respeita a autonomia dos órgãos reguladores e ambientais, após se reunir com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). Ele reconhece a grande ansiedade em torno do assunto, mas destaca a importância de respeitar a independência dessas instituições.

O Ibama negou o primeiro pedido da Petrobras para explorar petróleo na área mencionada, alegando que os planos de segurança apresentados não garantiam a contenção de acidentes, como derramamentos de óleo. A resposta também enfatizou a falta de estudos governamentais para avaliar as condições de exploração no local.
 

A área de interesse da Petrobras está localizada a aproximadamente 400 km da Foz do Amazonas e é influenciada por ela. A região é banhada pelo Mar do Caribe, caracterizado por águas turbulentas e propensas a tempestades, que podem levar o óleo à costa. Entretanto, a estatal solicitou reconsideração, apresentando ajustes no plano de segurança. De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a proposta apresentou melhorias, mas a decisão final será tomada pela equipe técnica do órgão fiscalizador.

O presidente da Petrobras mencionou que novos argumentos, elementos e dados técnicos foram fornecidos na solicitação, além de mais embarcações de apoio e equipamentos. Prates ressaltou que a empresa está disposta a se adaptar caso haja motivos para análises mais demoradas por parte do Ibama.