Fiemg manifesta 'preocupação' com decisão desta quarta-feira
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) criticou a decisão do Copom sobre a manutenção da taxa básica de juros no patamar de 13,75%. Segundo a entidade, a medida não corresponde ao "arrefecimento" do IPCA que vem sendo observado nos últimos meses.
Leia a nota da Fiemg na íntegra:
"A decisão desta quarta-feira (21/6) do Banco Central brasileiro destoa do processo de arrefecimento da inflação observado nos últimos meses: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 2,95% de janeiro a maio, valor abaixo dos 4,78% observados no mesmo período de 2022.
Além disso, a redução dos preços de combustíveis e a concessão de descontos temporários em automóveis novos apontam para uma deflação em junho. As expectativas de inflação também demonstram uma tendência de declínio tanto para 2023 quanto para os próximos anos.
A FIEMG enxerga com preocupação a manutenção da taxa de juros em patamar elevado, tendo em vista seus efeitos prejudiciais à economia. Entende-se que, com a tendência de queda da inflação, as discussões avançadas sobre a reforma tributária e o encaminhamento do novo arcabouço fiscal, o Brasil esteja preparado para um novo ciclo de corte de juros."
CDL/BH: Juros no patamar atual prejudicam comércio
Também em nota, a Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), por meio do presidente, Marcelo de Souza e Silva, disse que não esperava uma redução da Selic na reunião ocorrida nesta quarta-feira.
Ele também afirmou que os juros atuais prejudicam o comércio em aspectos como no aumento dos bens de consumo, encarecimento do crédito para lojistas, redução do poder de compra das famílias, crescimento da inadimplência e menor dinheiro em circulação.
"É importante destacar que os efeitos dessa redução na economia só serão sentidos em, pelo menos, seis meses. Este é o tempo mínimo necessário para que as famílias recuperem o poder de consumo e tenham capacidade para pagar as dívidas", ressaltou Souza e Silva.
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