O governo federal anunciou nessa quarta-feira (28/6) a ampliação do programa de descontos para o setor automotivo em mais R$ 300 milhões. O objetivo é atender uma fila de espera de montadoras interessadas em integrar o programa e utilizar os recursos previstos para incentivo do setor.
A medida foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que defendeu o programa argumentando que "está atingindo os objetivos delineados pelo presidente".
"Estamos alocando R$ 300 milhões adicionais para nosso programa de descontos para carros sustentáveis. O programa está atingindo os objetivos delineados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao preservar empregos, facilitar o acesso da população a veículos seguros e eficientes e provocar quedas de preço no mercado automotivo como um todo", escreveu Alckmin em seu perfil no Twitter.
De acordo com o ministro Haddad, a Medida Provisória determinava o teto em R$ 1,6 bilhão, com R$ 100 milhões que estariam "de sobra". Com o aumento do programa, serão necessários mais R$ 200 milhões em créditos tributários.
Segundo ele, o consumidor não sentirá os efeitos dessa ampliação do programa, devido a reoneração do diesel, medida tomada para compensar os créditos tributários concedidos às empresas. Isso ocorre porque desde o anúncio dos descontos, houve queda no preço do dólar e uma consequente queda no preço final do combustível.
Para referendar o aumento no programa de descontos do setor automotivo, uma nova Medida Provisória será editada e valerá apenas para carros. Conforme o painel de dados lançados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 84% dos recursos em crédito tributário para compra de carros já foram utilizados, sendo R$ 420 milhões dos R$ 500 milhões totais.
O teto de crédito para ônibus e caminhões segue o mesmo. São R$ 700 milhões para caminhões (já foram usados R$ 100 milhões) e R$ 300 milhões para vans e ônibus (R$ 140 milhões já usados). O programa tem duração de quatro meses, no entanto, pode acabar antes caso os créditos tributários atinjam o teto.
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