De acordo com a principal associação do setor, as companhias aéreas estão voltando a operar em níveis semelhantes aos de antes da crise de saúde global. Em maio, a atividade atingiu 96,1% do que foi registrado no mesmo mês de 2019. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) anunciou os dados nesta quinta-feira (6/7).
Aumento na demanda por viagens locais impulsionou essa recuperação. Um dos indicadores de referência do setor, baseado em passageiros por quilômetro pago, mostrou que a atividade nessas rotas atingiu uma média de 105,3% do nível visto quatro anos atrás.
Maio marcou o segundo mês consecutivo em que a frequência dessas rotas superou a de antes da pandemia. Conexões internacionais também mostraram sinais de recuperação, atingindo 90,8% do nível de quatro anos atrás.
A IATA, que previu em junho que haveria cerca de 4,35 bilhões de viagens aéreas individuais em 2023, próximo ao recorde de 4,54 bilhões em 2019, também celebrou uma taxa de ocupação de 81,8%, equivalente ao nível pré-pandemia.
A associação indicou que espera que seus membros tenham um lucro global de US$ 9,8 bilhões este ano, após acumular perdas de US$ 183 bilhões entre 2020 e 2022.
'As pessoas têm necessidade e prazer em voar', disse Willie Walsh, diretor-geral da IATA, em um comunicado. Ele também mencionou que a alta demanda por viagens é um dos fatores que impulsionam o retorno à lucratividade das companhias aéreas. No entanto, o lucro de 2022 representa apenas US$ 2,25 por passageiro, o que Walsh considera 'insustentável a longo prazo'.
Ele observou que 'a cadeia de valor da aviação continua desequilibrada', citando lucros acumulados de US$ 7 bilhões pelos aeroportos europeus em 2022, de acordo com a associação ACI Europe. Simultaneamente, as companhias aéreas europeias lucraram US$ 4,1 bilhões, de acordo com as estimativas da IATA.
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