O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que o reajuste no preço do diesel e da gasolina mostra que a nova política de preços “passou no teste”. Durante sessão da Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento do Senado, nesta quarta-feira (16/8), ele esclareceu as práticas adotadas pela estatal.
Para Prates, o reajuste de R$ 0,41 na gasolina e de R$ 0,78 no diesel mostra que a nova política só sobe os preços quando é necessário. “Alguns mais céticos diziam: 'Não, mas a Petrobras, o Jean, o Lula não vai deixar, enquanto o preço lá fora está baixando está tudo muito bonito, quero ver na hora que subir, como é que eles vão se comportar, se vão fazer o ajuste'. Fizemos. A política passou no teste", disse.
Ainda segundo Prates, a dinâmica adotada pela Petrobras permite que a estatal tenha um preço competitivo ao mesmo tempo que pode segurar as volatilidades que o mercado de petróleo apresentou em junho e julho. “Nós fizemos patamares e agora precisamos reajustar porque chegamos a um patamar maior, superior estabilizado, não era mais volátil, ele foi volatilizado até chegar a um patamar superior”, explicou.
Em maio, a Petrobras deixou de reajustar os preços com base na cotação do dólar e do petróleo no mercado internacional, conhecido como política de paridade de importação (PPI). Atualmente, a estatal considera o intervalo entre o maior valor que um comprador pode pagar e o menor valor que a Petrobras pode praticar, mas mantendo o lucro.
Prates também afirmou que não via razão para o Brasil, autossuficiente em petróleo, seguir a paridade internacional. “Por que diabos você vai praticar o preço da paridade de importação, que é o preço da refinaria lá da Alemanha, ou do porto de Roterdão, ou de um terminal no Texas, mais o frete, mais as despesas colocadas na porta de uma refinaria brasileira?”, indagou.
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