Os clientes da 123 Milhas que sofreram com o cancelamento repentino dos pacotes de viagem e passagens aéreas seguem pagando pelo que compraram junto à empresa de forma parcelada. A advogada Luciana Atheniense conta que tem recebido muitos clientes perguntando o que devem fazer para não pagar as parcelas das viagens que não farão.
“A aflição desses consumidores são as parcelas que eles vão continuar pagando”, conta Luciana. A sugestão da advogada é que os clientes lesados notifiquem a empresa do cartão que usaram para efetuar a compra por meio do portal do consumidor, pelo menos dez dias antes do vencimento da fatura do cartão ou do débito em conta. “Tem de notificar a empresa do cartão”, ela reforça.
A advogada explica que notificar o banco pela plataforma do consumidor é mais vantajoso também porque, por lá, a empresa tem um prazo para responder à demanda do consumidor. Tratando diretamente com o banco, o cliente corre o risco de ficar sem resposta, já que o valor pago no momento da compra, provavelmente, já foi repassado à 123 Milhas. “Tenho medo do consumidor ficar no vácuo”, justifica Luciana.
Quanto às parcelas que já foram pagas, Atheniense diz que é possível recuperar, mas é difícil, e o processo deve ser feito por meio de ação de recuperação judicial. “Não tem como recuperar as parcelas antigas, só com ação judicial, mas é muito difícil”, diz. A justificativa para a dificuldade de resolução também é de que o dinheiro já pode ter sido repassado para a 123 Milhas, o que pode ser comprovado pelo banco.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice
Sign in with Google
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Estado de Minas.
Leia 0 comentários
*Para comentar, faça seu login ou assine