A onda de calor que atinge Belo Horizonte e grande parte do Brasil desde a semana passada provocou uma corrida às lojas de ventiladores e ar-condicionados nesta segunda-feira (25/9). Os comerciantes comemoram o aumento de vendas, mas relataram preocupação com a dificuldade em repor estoques, já que alguns clientes estão comprando mais de um ventilador de uma só vez.
Jurandi Ubner de Miranda é dono da Furacão Ventiladores, localizada no Bairro Lagoinha, Região Noroeste de BH. Ele conta que só no período da manhã foram vendidos mais de 200 ventiladores. Desde a semana passada, as vendas dobraram em relação à semana anterior, acrescenta. “As pessoas vêm aqui e levam muito. Tem gente levando dois, três, cinco, até dez ventiladores de uma vez”, diz o empresário.
Miranda afirma que está no mercado há 50 anos – e nunca vendeu tanto. “Sempre vendi bem, mas neste período (de semana passada para cá), já vendi mais que no ano passado e retrasado”, ressalta.
Mas nem tudo é motivo para comemoração. Apesar do crescimento das vendas, está difícil repor o estoque, já que quase tudo foi vendido na loja do Bairro Lagoinha. “Estou tentando aumentar o estoque, fazendo pedido em São Paulo. Até semana que vem tem que regularizar tudo”, destaca. Segundo ele, os fornecedores alegam que não estão conseguindo fabricar mais equipamentos.
Calor em casa e no trabalho
O administrador de empresas Júlio Orsini, de 53 anos, é um dos clientes que comprou três ventiladores de uma só vez. “Um para o meu quarto, um pra sala e outro para o quarto do meu filho”, conta. “Na minha casa não tem ar condicionado porque o prédio é mais antigo e não permite”, explica ele, que mora no Bairro Luxemburgo, na Região Centro-Sul de BH.
Apesar disso, Orsini comenta que o aparelho também não é bom para pessoas com problemas respiratórios. “Temos que ter cuidado com doenças respiratórias. Eu tenho rinite, meu filho também tem”.
Para adquirir os ventiladores, o administrador diz que não fez pesquisa de preços e procurou em uma loja próxima do trabalho, no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital. Antes de ir à loja, ele telefonou para o estabelecimento, que o orientou a comparecer pessoalmente, já que a demanda estava alta. Ao chegar lá, encontrou a loja cheia.
O empresário Abraão Soares, de 52 anos, também foi outro que comprou três ventiladores para seu estabelecimento comercial em Ribeirão das Neves, na Grande BH. “A loja está muito quente e já temos três lá. Está fora do normal”, reclama.
Para driblar o calorão, o empresário diz que a receita é muita água e ventilador. Ele acredita que o reforço dos novos aparelhos vai ajudar a amenizar o incômodo dos funcionários e clientes.
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