Após 12 anos, o Brasil volta a figurar no ranking das 50 economias mais inovadoras do mundo. O país ganhou cinco posições no IGI (Índice Global de Inovação), na comparação com o ano passado, e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países, passando a ser o primeiro colocado da América Latina.
Os dados serão divulgados nesta quarta-feira (27/9), na abertura do Congresso Internacional de Inovação da Indústria, realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em São Paulo.
Entre os países mais bem colocados no índice estão Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura e Finlândia.
Desde 2007, a classificação é divulgada anualmente pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual, ou WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais.
Apesar de ter avançado nos três últimos levantamentos, o desempenho do país é considerado abaixo do seu potencial. A melhor posição já registrada pelo Brasil na lista foi em 2011, quando ocupou o 47º lugar.
Depois do Brasil, aparecem no ranking países como Chile (52º), México (58º), Uruguai (63º) e Argentina (73º).
Na comparação com os membros do Brics, antes do recente anúncio de incorporação de novos países ao grupo, o Brasil aparece em terceiro lugar, depois de China (12º) e Índia (40º), mas à frente de Rússia (51º) e África do Sul (59º).
Em nota, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, avalia que o Brasil tem condições de crescer a cada ano no ranking, por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação.
"A posição do Brasil no Índice Global de Inovação vem melhorando nos últimos anos. No entanto, temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação."
"Precisamos de políticas públicas modernas e atualizadas e, para isso, o IGI tem o papel fundamental de auxiliar na compreensão dos pontos fortes e fracos do Brasil", acrescenta Andrade.
Em julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o governo vai apresentar uma proposta de política industrial para ser discutida pelo CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável).
Ao longo do mandato de Lula, a previsão do governo federal é de investir R$ 106,1 bilhões para impulsionar a nova política industrial do Brasil. O anúncio foi feito durante a 17ª reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial).
O principal financiador da política será o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"Vamos parar com essa questão de dizer quem é melhor e quem é pior, o Brasil precisa dos dois, precisa do Estado e precisa do setor privado. E precisa formar profissionais mais qualificados se a quiser verdadeiramente voltar a ser um país industrializado", disse o presidente, na ocasião.
Na semana passada, em Nova York, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que o Plano de Transformação Ecológica do Brasil será mais do que uma proposta para exportar energia sustentável e irá se tornar a base para uma nova onda de industrialização do país.
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ÍNDICE GLOBAL DE INOVAÇÃO (IGI)
Posição País
1º Suíça
2º Suécia
3º Estados Unidos
4º Reino Unido
5º Singapura
6º Finlândia
7º Holanda
8º Alemanha
9º Dinamarca
10º Coreia do Sul
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49º Brasil
52º Chile
58º México
63º Uruguai
66º Colômbia
73º Argentina
74º Costa Rica
76º Peru
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