O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a defender o programa Future-se na manhã desta quinta-feira (26), durante a 21ª edição do Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), em São Paulo. Na ocasião, ele aproveitou para criticar o que considera "o zebra mair gorda", o salário de alguns professores.
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'Vocês têm de se virar', diz Weintraub sobre Fies a universidades particularesPT vai processar Weintraub por comentários sobre vencedores da Mega'Li e deixei passar', diz Weintraub sobre paralisação com zEm BH, professores e alunos atacam Bolsonaro e Zema e protestam contra cortes na educação Com cortes na Educação, estudantes fazem vaquinha para pagar excursão acadêmicaO ministro garantiu, no entanto, que não pretende começar a cobrar mensalidade nas instituições públicas de ensino superior. “É uma vitória de pirro a gente gastar energia para tentar cobrar a graduação. Vai ser uma gritaria e não vamos chegar a lugar nenhum”, justificou.
Ainda de acordo com o ministro, mais da metade dos servidores brasileiros está no MEC, o que gera muitos custos para a pasta. “Eu tenho que enfrentar esse exército, entre outras coisas”, disse ele, referindo-se a doutrinação e metodologia de alfabetização.
Financiamento estudantil
Na ocasião, o ministro pediu apoio para a aprovação do Future-se, programa rejeitado pela maioria das federais pelo país. “Preciso do suporte das bases e das bancadas dos senhores para passar o Future-se e, assim, ter verbas para financiar o ensino privado e colocar dinheiro nas creches”, disse.
Weintraub afirmou ainda que "não vai fazer nada" em relação ao programa de Financiamento Estudantil (Fies). "Vocês têm de se virar", disse em resposta aos representantes das universidades particulares.
Autorregulação
Weintraub defendeu, ainda, a autorregulação das universidades particulares. “Já passou um ano do governo. Quanto tempo mais a gente vai esperar? Façam autorregulação. O mercado financeiro tem”, disse. “Organizem-se rapidamente.”
“O Estado não existe. O Estado tem que ser diminuído para permitir que nós possamos buscar nossa felicidade, seja por meio do trabalho voluntário ou de uma palavra que foi amaldiçoada pela esquerda, assim como educação: lucro”, acrescentou.
De acordo com o ministro, os dirigentes do ensino superior particular deveriam “aproveitar” o fato de ter, na presidência, “alguém que está fazendo uma gestão liberal e, no MEC, um liberal que está disposto a comprar as brigas”.
*Estagiários sob a supervisão de Roberto Fonseca e Jairo Macedo.