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Estado de Minas EDUCAÇÃO

COVID-19 estimula ensino a distância e formação complementar no exterior

Procura por cursos on-line deve superar educação presencial na pandemia. Passa de 300 mil o número de brasileiros estudando remotamente no exterior


30/09/2020 19:07 - atualizado 30/09/2020 19:47

Cursos remotos em outros países ganham cada vez mais a adesão de brasileiros(foto: Oftalmologista BH/Reprodução)
Cursos remotos em outros países ganham cada vez mais a adesão de brasileiros (foto: Oftalmologista BH/Reprodução)

Se a maioria das instituições de ensino ficou fechada durante a pandemia do coronavírus, os cursos a distância ganharam novo impulso no Brasil e no exterior, o que deve mudar a concepção sobre a educação nos próximos anos. Antes um sonho distante, as novas ferramentas de trabalho possibilitam que os brasileiros tenham facilidade para obter diplomas de graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado em insituições de outros países sem sair de casa.
 
De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), o mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu 23% nos últimos anos e alcançou a marca inédita de 302 mil estudantes.

Países como Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Inglaterra eram os que recebiam mais alunos do Brasil, mas o cenário sofreu mudanças por causa da expansão da COVID-19 em todo o mundo. Em vez do intercâmbio, os estudantes tiveram de estudar de casa.

“Com a expansão do coronavírus, vários países fecharam seus aeroportos e não emitiram visto de estudantes. Logo, vários continuaram estudando pela internet. Hoje, temos uma série de desafios para quem quer estudar presencialmente. A plataforma de estudos pela internet está aperfeiçoando muito em relação ao ano passado, sobretudo por causa da pandemia, o que gerou aumento pela procura”, afirma Alfredo Freitas, diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University, sediada na Florida, com cursos em português. 

Com relação ao futuro da educação presencial, ele entende que vai haver oferta muito maior de aulas virtuais: "Os cursos pela internet não vão eliminar os presenciais. A qualidade do ensino superior pela internet vai ser agora o grande foco de discussão, uma vez que você tem uma diversidade de ofertas. Pode estudar na Inglaterra, na Austrália, nos Estados Unidos. Vamos começar a refletir sobre o qual o nível de qualidade em ensino a distância. E isso poderá ser feito de Belo Horizonte, São Paulo ou do interior”.

Modelo mais econômico


Na migração do processo, os brasileiros teriam que arcar somente com os custos relacionados às instituições de ensino e materiais didáticos, gerando economia com alimentação, transporte e hospedagem.

Os diplomas adquiridos de forma remota têm o mesmo efeito legal que aqueles conquistados de forma presencial. 
 
No caso específico dos EUA, país mais procurado pelos brasileiros, o ensino superior já tendia a um perfil mais remoto que presencial, de acordo com dados da Education Data Organization.

A especialização mais procurada pelos brasileiros é o mestrado. Em 2017, a Organização registrou um total de 19,7 milhões de alunos matriculados em cursos de instituições de ensino superior no país. Desses, 6,6 milhões eram matriculados em alguma modalidade de educação a distância.

As estatísticas indicam que 5,5 milhões de estudantes cursavam a graduação no período – 3,2 mi (quase 20%) realizaram pelo menos um curso on-line, enquanto 2,2 mi (13,3%) eram exclusivamente matriculados em cursos a distância. 

Segundo o Departamento de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos Estados Unidos, eram 14,6 mil estudantes brasileiros matriculados no fim do ano passado.

Os estados mais procurados são Florida, Califórnia, Nova York, Massachusetts e Texas. 


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