Está sendo realizada neste domingo (24/01) a aplicação da segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em meio à preocupação com as medidas contra a COVID-19 e inúmeras campanhas para o adiamento das provas, um rosto chama atenção na multidão. Ao lado de suas três filhas, Erci da Silva, de 52 anos, presta a prova para realizar um sonho: se formar em direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e se tornar uma advogada.
“Mesmo com a pandemia, estou atrás de realizar meu sonho. É uma vontade antiga, algo que sempre quis. Meu sonho é cursar direito. Por isso, me preparei e me sinto confiante para a prova”, conta Erci ao Estado de Minas.
Ela diz que sentiu medo ao realizar as provas, devido à pandemia de COVID-19. Ela e as filhas vão realizar o exame na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), no Bairro Coração Eucarístico, na Região Noroeste de Belo Horizonte. “É muito restrito. Não é igual antes. Estou muito animada para a prova. Minhas filhas me ajudaram muito.”
Ao lado da senhora, três jovens, que também se prepararam para o exame, demonstraram orgulho da mãe. Lorena, de 30 anos, quer cursar medicina. Lorraine, de 26, segue os passos da irmã mais velha, enquanto Ester, de 20, quer prestar pedagogia.
“Estudamos todas juntas e mesmo sem preparação de cursinho ou ajuda de professores nos sentimos preparadas e prontas. Fomos analisando as provas antigas e não percebemos uma diferença tão grande na metodologia”, conta a filha mais velha, Lorena.
Entenda
Neste domingo, os participantes têm 5h para responder a mais 90 questões de múltipla escolha. São 45 de Matemática e suas Tecnologias e 45 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
As provas seguem suspensas no Amazonas e em dois municípios de Rondônia (Rolim de Moura e Espigão do Oeste), devido à pandemia de COVID-19 nessas regiões. O estado do Amazonas, por exemplo, vive uma crise no sistema de saúde devido a falta de oxigênio e insumos.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira