Em balanço feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na noite deste domingo (24/1), Minas Gerais mais uma vez teve recorde de abstenções no segundo dia de provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). A porcentagem de candidatos que faltaram às provas foi de 57,8%, com 328.747 ausentes.
Em todo o Brasil, as abstenções no segundo dia alcançaram 55,3%, com mais de 3.052.633 ausências, atingindo recorde negativo. No primeiro dia de aplicação do exame relativo a 2020, no domingo passado (17/1), 51,5% dos candidatos não compareceram às provas. Em Minas, esse número foi de 52,8% (300.037).
O alto risco de contágio pelo novo coronavírus foi a principal justificativa para o elevado número de ausências no Enem. Por causa da pandemia, as provas em todo o estado do Amazonas (que vive caos na saúde) e em duas cidades de Rondônia (Espigão d'Oeste e Rolim de Moura) foram adiadas.
Apesar disso, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que a escolha das datas para os exames – num momento em que o Brasil volta a atingir média diária de 1 mil mortes – foi a melhor possível.
“Tivemos milhões interessadas, se prepararam e vão concorrer às vagas do Sisu do primeiro semestre de 2021. Essas pessoas vão ter o benefício de poder concorrer às vagas. Já as vulneráveis terão possibilidade de concorrer ao sistema de cotas das universidades públicas federais. É muito satisfatório e é importante, porque muitos países desistiram de fazer a aplicação de provas. Queremos que o cidadão tenha acesso aos exames do Enem. A sociedade precisa que o Inep não pare”, disse.
“Tivemos milhões interessadas, se prepararam e vão concorrer às vagas do Sisu do primeiro semestre de 2021. Essas pessoas vão ter o benefício de poder concorrer às vagas. Já as vulneráveis terão possibilidade de concorrer ao sistema de cotas das universidades públicas federais. É muito satisfatório e é importante, porque muitos países desistiram de fazer a aplicação de provas. Queremos que o cidadão tenha acesso aos exames do Enem. A sociedade precisa que o Inep não pare”, disse.
Ele afirmou que não foi possível prever a quantidade de abstenções e, consequentemente, economizar recursos da União com impressões e compra de materiais: “O quantitativo de provas produzidas depende da inscrição. Não limitamos inscrição. Temos várias leis que conferem gratuidade, que são mais ou menos 50% na média. Neste ano, 70% dos inscritos tiveram direito à isenção. Precisamos fazer as inscrições com antecedência. No ano passado, 27% foram de abstenções. Ir ou não ir é uma escolha do participante”.
Nova aplicação
O Inep também divulgou que 8.039 candidatos pediram a reaplicação do exame no segundo dia, por se sentirem prejudicados por incidentes logísticos ou devido a inscritos com diagnóstico de doenças infectocontagiosas, conforme previstos no edital.
No primeiro dia, 10.171 estudantes pediram nova aplicação de provas.
Os candidatos têm até 29 de janeiro para pedir o direito a um novo exame. O Inep divulgará o recurso até 12 de fevereiro.
No primeiro dia, 10.171 estudantes pediram nova aplicação de provas.
Os candidatos têm até 29 de janeiro para pedir o direito a um novo exame. O Inep divulgará o recurso até 12 de fevereiro.
Neste domingo, 1.274 candidatos foram eliminados por portarem material proibido ou cometerem irregularidades. O Inep registrou ainda 14 emergências médicas em todo o país.
Em pelo menos 11 cidades, num total de 37 escolas, foram registrados casos de alunos que foram impedidos de fazer a prova por causa da superlotação das salas.