O Censo Escolar da Educação Básica 2020, divulgado nessa sexta-feira (29/01) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que foram registrados 47,3 milhões de matrículas nas 179,5 mil escolas de educação básica do país. O resultado aponta redução de 579 mil matrículas em comparação com 2019, o que equivale à queda de 1,2% do total.
As matrículas na educação infantil tiveram crescimento de 8,4% entre os anos de 2016 e 2019. A queda em 2020 foi ocasionada principalmente por uma redução de 176.092 matrículas (7,1%) nas escolas particulares. Em contrapartida, a rede pública de ensino apresentou crescimento de 33.937 alunos (0,5%).
As matrículas na educação infantil tiveram crescimento de 8,4% entre os anos de 2016 e 2019. A queda em 2020 foi ocasionada principalmente por uma redução de 176.092 matrículas (7,1%) nas escolas particulares. Em contrapartida, a rede pública de ensino apresentou crescimento de 33.937 alunos (0,5%).
De acordo com o relatório, a rede municipal é a principal responsável pela oferta do ensino fundamental nos anos iniciais, totalizando 68,1% de matrículas. Em 2020, o censo registrou 26,7 milhões de matrículas para o ensino fundamental, 3,5% a menos do que o registrado em 2016. Apesar da queda alarmante, os dados apresentados não consideram os impactos do coronavírus nas atividades escolares, como fechamento de colégios ou interrupções nos cronogramas. A data de referência da pesquisa foi antecipada para 11 de março de 2020, momento anterior à pandemia.
Disparidade tecnológica
A população pôde observar a importância dos recursos tecnológicos para a continuidade da educação durante a pandemia. Entretanto, o relatório aponta disparidade no acesso à internet entre as escolas das diferentes regiões do país, especialmente no Norte do país. Em estados como Acre, Amazonas, Maranhão, Roraima, Pará e Amapá, a disponibilidade da infraestrutura de internet chega a ser inferior a 40%. No Sudeste e no Centro-oeste, essa taxa alcança mais de 80%.
A rede municipal de educação representa a maior quantidade de escolas do país (60,1%), mas é a que menos dispõe de recursos tecnológicos: 9,9% das instituições têm lousa digital, 23,3% contam com computadores portáteis, 38,3% dispõem computador de mesa e 23,8% oferecem internet para os alu- nos. Os dados evidenciam o abismo entre o ensino público e o particular. Enquanto a disponibilidade de internet para uso de alunos do ensino fundamental chega a 49,6% nas escolas particulares, esse recurso alcança apenas 23,8% dos estudantes de colégios municipais públicos.
Formação Nem todos os professores têm formação adequada. Dos 2,2 milhões de docentes na educação básica brasileira, foram identificados 4,7% com formação em nível médio ou inferior. Além disso, 85,3% dos professores têm ensino superior completo e outros 10% têm ensino médio normal/magistério. As regiões Norte, Nordeste e parte da região Centro-Oeste apresentaram o menor percentual de disciplinas ministradas por professores com formação adequada. No ensino médio, Amapá, Rio Grande do Norte e Distrito Federal se destacaram positivamente. As redes de ensino apresentaram o total de 188.361 gestores; e a direção das escolas é majoritariamente feminina: 80,6% são mulheres.
A pesquisa é desenvolvida pelo Inep para avaliar o sistema de ensino e elaborar políticas educacionais no Brasil. O relatório traz dados sobre número de matrículas, docentes, escolas e gestores no país.