Aprovado pelo movimento Pais pela educação e pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), o retorno das crianças até 5 anos gera temor entre parcela dos pais. “A gente está há mais de um ano fechado. Então, com certeza tivemos tempo suficiente para essa preparação”, afirmou a representante do grupo de pais do movimento, Sheila Freire. Ela destaca que as famílias devem acompanhar o processo de retorno e avaliar se os protocolos estão sendo seguidos corretamente. “Cabe a cada escola apresentar os preparativos para ver se estão aptas ou não”, argumenta.
Leia Mais
Impasses dificultam reabertura das escolas infantis em BHProfessores da rede municipal de BH entram em 'greve sanitária'Sem teste, as escolas são potenciais locais de surtos, alerta pesquisadorBH: parte dos pais e escolas particulares apoiam aulas presenciaiscoronavirusmgMagnum Cidade Nova é incorporado à Inspira Rede de EducadoresA presidente do SinepMG, Zuleica Reis, destacou que Belo Horizonte era a única capital da Região Sudeste em que as aulas presenciais ainda não tinham sido retomadas. “Diversos países e cidades brasileiras retornaram às aulas presenciais, seja no ano de 2020 ou mesmo em 2021. Na Região Sudeste, Belo Horizonte é a única capital que não retornou em nenhum momento, desde março de 2020.”
Ela observa que há danos provocados pela falta do convívio presencial das crianças. “A falta da escola cria um prejuízo inestimável no desenvolvimento cognitivo e motor de crianças, principalmente as mais novas. Educação é essencial, deve ser a primeira a abrir e a última a fechar na pandemia”, diz.
Contudo, sem garantias de que o ambiente escolar será seguro contra a transmissão da COVID-19, o alto número de casos de contaminação na capital mineira contribui para que algumas famílias belo-horizontinas ainda prefiram deixar os filhos em casa a arriscar uma possível infecção.
Logo no começo da pandemia, Sofia Carbonara preferiu retirar a filha Olívia, de 3 anos, da creche onde ela estudava por medo do vírus. Após deixar o trabalho como manicure para criar sua própria loja de doces e conseguir cuidar da filha em casa, ela teve que se reinventar para conseguir conciliar a vida profissional com os compromissos como mãe.
Mesmo com todas as dificuldades para gerenciar os deveres de sua rotina com a supervisão da filha, a microempreendedora disse que não vai deixar que Olívia volte para a creche neste mês. Para ela, a reabertura das escolas neste momento é definida com uma palavra: precipitada. “Eu entendo que muitas mães e pais estão com dificuldades e precisam trabalhar, mas acaba que isso coloca a vida da criança e das pessoas que moram em casa em risco. A criança não vai saber respeitar o distanciamento e máscaras”, afirma.
Ana Paula Amaral é confeiteira e mãe de dois filhos. Um tem apenas 2 anos, e o outro completou 17 anos este ano. Após o agravamento de casos em Belo Horizonte, Murilo, o mais novo da família, passou a ter aulas on-line. O medo, neste momento, se sobressai sob a vontade que o filho volte ao ambiente escolar. “No começo da pandemia, ficamos muito revoltados com o fechamento porque tinha que trabalhar com menino dentro de casa. Mas, hoje, que vemos a situação de piora do vírus, dá medo. Eu prefiro que, se for voltar que seja intercalado, não precisa da criança ir à escola todos os dias”, confessa Ana Paula Amaral. (com MMC) * Estagiária sob supervisão da subeditora Marta Vieira
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas