Mais de um ano depois, as Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) voltam à ativa hoje em Belo Horizonte. Depois de uma semana de preparação, o primeiro dia de aulas para as crianças de 0 a 5 anos é cercado de dúvidas.
Enquanto a prefeitura convoca o retorno, o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) orienta a categoria a continuar em greve sanitária. O movimento, segundo a entidade, tem como motivação apenas a saúde dos servidores e da comunidade escolar, sem relação com o financeiro.
Enquanto a prefeitura convoca o retorno, o Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) orienta a categoria a continuar em greve sanitária. O movimento, segundo a entidade, tem como motivação apenas a saúde dos servidores e da comunidade escolar, sem relação com o financeiro.
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No sábado, uma preocupação saltou aos olhos dos professores de educação infantil de Belo Horizonte. A Emei Piratininga, no bairro de mesmo nome, em Venda Nova, informou a prefeitura um caso suspeito de infecção pelo novo coronavírus na unidade. A servidora em questão teve contato com sua filha, essa sim com diagnóstico da COVID-19. Apesar disso, o Executivo municipal garantiu o retorno.
A administração Alexandre Kalil (PSD) trata o caso como “positivo por critério clínico-epidemiológico”. "Não há, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, orientação para a suspensão das aulas na EMEI Piratininga. A situação não é configurada como surto", informou a administração do prefeito Alexandre Kalil (PSD). A funcionária será afastada e ficará em isolamento social, segundo a prefeitura.
Além disso, a prefeitura esclareceu que vai enviar uma equipe da saúde para orientar os funcionários da Emei para "minimizar riscos de contágio, além de intensificar ações de vigilância epidemiológica". No Instagram da Emei Piratininga, no entanto, a escola convoca a presença apenas das crianças de 5 anos, resguardando as menores.
Rotina
Laiane Carolina Pereira, de 32 anos, é mãe de duas filhas, de 5 e 3. Elas estudam na EMEI Sarandi, que fica no Bairro Serrano, na Região da Pampulha. "A rotina sem as aulas está uma verdadeira tortura. Primeiramente, porque ficamos na expectativa de tudo voltar em pelo menos um ano e um ano depois a pandemia está pior e mais aterrorizante", afirmou.
Ela relata que as crianças pedem pela para voltar à sala de aula. "Elas ficam pedindo pra ir pra escola, o que traz mais ansiedade para mim e para elas também. A verdade é que a gente fica querendo a nossa vida de volta e não sabe quando isso vai ser possível", acrescentou.
'''Depois eu volto a estudar'; 'depois eu me dedico mais ao meu trabalho' ou 'ano que vem eu reorganizo as coisas'. Mas esse dia nunca chega.'' Em contrapartida, ela afirma que não vai normalizar a vida se a pandemia não estiver de fato controlada. "Então, se as aulas presenciais voltarem agora, eu não vou mandar as minhas filhas. Ainda mais depois que esse vírus sofreu mutação e o contágio em crianças aumentou. A ansiedade é grande, mas primeiramente a segurança delas e de todos", disse.
Resistência
Nesse primeiro momento, apenas a educação infantil retorna. Ou seja, as crianças entre 0 e 5 anos e 8 meses. O anúncio foi feito em entrevista coletiva pela prefeitura, mas sofre resistência do Sind-Rede/BH. A entidade já realizou duas assembleias para tratar sobre o retorno e em ambas a categoria decidiu pela greve sanitária. A prefeitura tem informado que considera a ação legítima, mas lembra que a adesão ou não depende de cada servidor.
Os professores da educação infantil de Belo Horizonte também reivindicam prioridade na vacinação contra a COVID-19 para retornar às escolas. Outra alternativa apontada pelo Sind-Rede/BH é o controle da pandemia, que ainda está longe de acontecer. Como o EM mostrou em sua edição de domingo, o próprio comitê da prefeitura analisa com preocupação a chegada do outono e do inverno, quando a transmissão das viroses se intensifica.
“Definimos pelo não retorno ao trabalho presencial. A gente defende a manutenção do ensino remoto. Não é possível cumprir esse protocolo da prefeitura. A própria prefeitura não o segue, já que os servidores terceirizados do grupo de risco, como faxineiras, estão sendo convocados para trabalhar, o que vedado pelo protocolo”, afirma Daniel Wardil, diretor do Sind-Rede/BH.
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O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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