Jornal Estado de Minas

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COVID: sindicato de professores denuncia escolas por falhas no protocolo

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-Minas), contabiliza cerca de 15 denúncias contra escolas particulares que tiveram flagrantes de desrespeito aos protocolos sanitários de prevenção à COVID-19. A maioria delas fica em Belo Horizonte, segundo a entidade.





De acordo com a presidente do sindicato, Valéria Morato, os relatos começaram a chegar logo no início da retomada das aulas, em março. “São diversas denúncias, com fotos de crianças sem máscara, sem distanciamento social”, explica.

Ela explica que os protocolos da prefeitura sugerem a divisão de turmas por “bolhas”, com um professor para cada grupo de crianças para reduzir o contato, e que em alguns locais isso não é praticado.

“Nesse sentido, não há esse cumprimento. Em especial professores de áreas especializadas, que estão passando por todas as turmas, o que gera ainda mais desespero dos profissionais”, conta.

Valéria conta que o sindicato também tem recebido queixas e questionamentos sobre instituições que estão encaminhando um termo aos pais ou responsáveis falando sobre os protocolos contra o coronavírus, nos quais as pessoas alegam estar cientes de que podem ter contato com o vírus em qualquer ambiente, isentando a escola de responsabilidade.





“Por isso queremos participar da elaboração dos protocolos. Os pais que querem levar as crianças, levam. Se responsabilizam ou isentam a escola de qualquer responsabilidade. Mas, e o trabalhador, os professores, o servidor administrativo? Ele não tem a opção de não ir. Estamos orientando os professores a, caso serem contaminados, exigirem a emissão da comunicação de acidente de trabalho (CAT). Caso a escola não queira emitir, pode nos procurar que vamos emitir o CAT”, enfatizou a presidente do Sinpro-Minas.

O sindicato não divulgou à imprensa a lista das escolas denunciadas. As reclamações foram feitas pelo canal “Coronavírus – Denúncia de descumprimento por Estabelecimentos”, disponibilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte na internet. Até a manhã desta segunda-feira (3/5), a entidade ainda não havia recebido um retorno do município.

“Eu considero que não era o momento das aulas voltarem, porque o próprio pessoal da saúde diz que não é o momento das aulas voltarem. A escola por si só é um local de aglomeração”, avalia Valéria Morato.



“Estávamos com RT (a taxa de transmissão do coronavírus) de 0,92 e agora esta 1,01. Eu quero muito que eu esteja errada, que as coisas deem certo, porque os professores querem voltar a trabalhar presencialmente, só que estão com muito medo, porque agora a nova cepa não atinge só aqueles que têm comorbidades”, explica a presidente do Sinpro Minas.

Nesta segunda, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) disse que não recebeu a lista das escolas denunciadas, o que foi confirmado à reportagem pelo Sinpro Minas, que ressaltou ter acionado a Vigilância Sanitária e acompanhar o andamento das denúncias feitas.

O Sinep-MG também ressalta que todas as escolas devem seguir as orientações da prefeitura e da entidade para evitar a transmissão do coronavírus. Leia o posicionamento na íntegra:

“As instituições particulares devem seguir, com rigor, todas as orientações passadas pela prefeitura e também pelo documento de orientação feito pelo Sinep-MG em parceria com a Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infeccções (Ameci). Estamos trabalhando com esses documentos para orientar as instituições. O Sinep-MG é um órgão representativo e de orientação às instituições privadas, mas não tem poder fiscalizador. O Sinpro Minas, que entrou com pedido de liminar para a suspensão das aulas na cidade, não informou o nome das instituições e nem entrou em contato com o Sinep-MG para informar. Acredito que a divulgação dessa lista seja de suma importância, para que, caso constatado qualquer irregularidade, a escola seja orientada a cumprir os protocolos corretos. Como não recebemos denúncias e nem sabemos o nome das instituições, não há muito o que fazer neste sentido. Nossas orientações sanitárias, assim como lives com epidemiologistas e diversas reuniões com as instituições são realizadas desde julho de 2020.”

Segundo a PBH, foram registradas nove denúncias em creches privadas e, dependendo das irregularidades, as escolas poderão ser interditadas. 





Veja a nota na íntegra:

"A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que, até o momento, foram registradas nove denúncias sobre possíveis irregularidades no cumprimento dos protocolos sanitários em creches privadas. 

O trabalho da Vigilância Sanitária tem caráter orientativo e educativo. Dependendo da irregularidade, as sanções previstas podem ser desde advertência, multa até interdição. A população pode contribuir fazendo denúncias por meio do 156 ou pelo portal da Prefeitura."
 

O que é um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.



Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.





  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacinação'?

Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.





Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.

 

 

Entenda as regras de proteção contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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