Jornal Estado de Minas

Enem

Medicina - de sonho a realidade

Meu nome é Camila e, atualmente, sou aluna do 4º ano do curso de medicina da Universidade de Itaúna. E o meu objetivo ao escrever essa matéria é contar um pouco da minha trajetória, em que um sonho de criança se tornou realidade em minha vida. Ademais, incentivar todos os estudantes para nunca desistirem de um sonho.




 
 
 
Desde criança sempre sonhava em ser médica, nunca houve uma outra possibilidade em minha realização profissional. Eu sou de uma cidade chamada Maravilhas, localizada no centro-oeste de Minas Gerais. A cidade em que cresci é muito pequena, possuindo em torno de 7 mil habitantes. E minha formação se realizou em maior parte em Papagaios, cidade ao lado da minha e também muito pequena. Assim, quando me formei no ensino médio era muito claro para mim e para os meus pais que para passar no vestibular de medicina teria que ir para Belo Horizonte procurar ferramentas interessantes de estudos e que ampliaria mais meu conhecimento teórico.
 
Estudantes de Medicina (foto: Arquivo Pessoal)
 
Ao chegar em Belo Horizonte, com 17 anos, para residir e estudar tudo foi um susto para mim e uma nova experiência. E eu fiquei tão pequenina à imensidão de pessoas e lugares! Enfim, para iniciar aos meus estudos para passar no vestibular, eu escolhi o Det (Determinante Pré-vestibular), hoje e sempre, eu posso dizer que foi a melhor escolha da minha vida e foi determinante para a minha entrada na universidade.
 
Estudantes de Medicina (foto: Arquivo Pessoal)
 
Assim, quando ingressei no cursinho eu percebi quantas dificuldades possuía em conhecimentos teóricos frente aos meus concorrentes que terminavam o ensino médio em colégios renomados de BH. Nesse contexto, eu relatava tal situação aos professores do cursinho, que sentavam comigo em uma mesa, individualmente para traçar planos de estudos para mim e também me tirar dúvidas de exercícios e aulas. Sempre serei eternamente grata ao prof. Renato, diretor do Det, que muitas vezes me concedeu aulas de matemática fora da grade do curso do cursinho para sanar minhas dúvidas e dificuldades, proporcionando a mim estar mais próxima ao ingresso na universidade. E tudo isso só foi possível pela proposta do Det, de ser um curso pequeno no tamanho, mas imenso no cumprimento de seus objetivos.




 
Dessa forma, foram 3 anos incansáveis de estudos, muitas vezes, minha vida social era deixada de lado para eu sempre estar melhorando em minhas dificuldades. E isso tudo foi possível porque acima da minha fé, de meus pais, irmãos, namorado, madrinha, família e amigos me apoiando havia uma multidão de professores extraordinários que confiavam em meu potencial, levantava meu astral e sempre me dizia que eu seria uma grande médica. E foi assim que conquistei o 16º lugar na Universidade de Itaúna, que por ser próximo a minha cidade e ter a menor mensalidade de Minas Gerais, decidi juntamente com meus pais ingressar no curso de medicina.
 
Por fim, eu indico o Det para o todo o estudante que pretende ingressar em um curso superior, seja aquele que possui dificuldades e aquele que possui facilidades. Isso porque o cursinho nos proporciona além do conhecimento teórico fundamental para entrar em qualquer universidade, apoio, auxílio nos nossos conflitos internos, pessoais e maturidade. Sobretudo, nos ajuda também a se formar um cidadão de respeito, de paz e de bem, extremamente importante, porque antes de sermos qualquer profissional temos que ser um ser humano. Isso porque para ser médico, principalmente, não basta apenas ter conhecimento técnico, mas é preciso ter compaixão e solidariedade, conceito ensinado pelo professor de Ética Médica, Dr. Alair Rodrigues de Araújo, da Universidade de Itaúna.
 
Artigo escrito pela aluna de Medicina Camila Maciel Castro