Jornal Estado de Minas

EDUCAÇÃO SUPERIOR

UFJF corre risco de parar ainda em 2022 por corte de orçamento

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) corre o risco de parar ainda em 2022 devido aos contingenciamentos e cortes no orçamento  da educação pelogGoverno de Jair Bolsonaro (PL). 
 
A instituição aparece em uma lista de 17 universidades brasileiras que podem parar as atividades até o fim do ano. De acordo com um levantamento do jornal O Globo, as universidades federais mineiras de Alfenas (Unifal) e de Lavras (Ufla) também apresentam esse risco. 




 
Além de outras localizadas no Pará, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Brasília, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. E também a Universidade Federal para a Integração Latino-Americana (Unila), que está em fase de implantação.
 
A falta de orçamento impede que as universidades paguem contas básicas, como água, luz, limpeza e segurança. 
 
Em Juiz de Fora, desde o início de 2022 ocorre o agravamento econômico da instituição devido aos sucessivos cortes praticados pelo governo federal. Por isso, as expectativas não são boas para 2023, informou o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Eduardo Salomão Condé, por meio de assessoria.
 
“Em nosso último ano completo antes da pandemia, 2019, nós conseguimos acertar as contas, complementando o orçamento por meio de ajustes de anos anteriores.O orçamento está sob pressão, assim como a proposta apresentada para 2023.”, ponderou. 




Cortes em bolsas e viagens 

Os bloqueios orçamentários viraram cortes em 2022. Assim, bolsas estudantis, contratos de terceirizados, materiais, insumos, viagens e diárias estão entre as áreas impactadas pela falta de recursos.
 
“De abril para cá tem havido uma evolução em termos disso. O que era inicialmente um bloqueio orçamentário, virou um corte. Esse corte foi ampliado. Estamos recebendo más notícias homeopaticamente e isso tem demandado uma necessidade de ajuste em cima de ajuste”, declarou o secretário geral da UFJF, Edson Faria, por meio da assessoria.
 
Mas a UFJF esclareceu que o aperto nas contas incide sobre as despesas discricionárias, aquelas destinadas ao funcionamento da universidade, e não afeta o quadro efetivo de servidores. 
 
“Entre os impactos possíveis estão a redução em número e valor de bolsas, revisão de contratos de funcionários terceirizados, possibilidade de alteração no valor do Restaurante Universitário (RU), despesas com água e energia elétrica, entre outras áreas”, explicou a instituição.
 
Na sexta-feira (5/8), uma audiência pública vai debater a questão financeira relativa ao segundo semestre deste ano e também tratar das expectativas para 2023.
 
O evento acontece a partir das 14h no anfiteatro do prédio Itamar Franco, na Faculdade de Engenharia da UFJF. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da TV UFJF no YouTube.