Jornal Estado de Minas

INOVAÇÃO

Estudante de BH desenvolve protótipo de água potável e energia solar

O Projeto Florestas Inteligentes, que busca o desenvolvimento de soluções sustentáveis para a comunidade, premiou a equipe Purificar, pelo desenvolvimento de um protótipo de água potável para uma família ribeirinha do Pará. Concorrendo com outras duas equipes, além de dividir um prêmio de R$ 5 mil, a estudante de administração Rosiane Gonçalves, do Centro Universitário Newton Paiva, vivenciou na prática os desafios da profissão.




 
Dados do Instituto Trata Brasil apontam que 35 milhões de brasileiros não tem acesso a água potável. Com este desafio, os alunos foram até a comunidade ribeirinha na Amazônia e desenvolveram para uma família uma solução.

A equipe, que contava também com as estudantes Bianca Martins, da Facens e Larissa Negrão, da Cesupa, destacou-se por ir além e aplicar também um protótipo de geração de energia solar para a família da Ilha do Combu, em Belém do Pará, que fica a cerca de 15 minutos de barco da capital do estado.

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Rodeados de água, mas imprópria para o consumo

Rosiane, conta que a experiencia foi além do que imaginava e que, apesar de sustentabilidade ser um tema ligado a todos, não imaginou que poderia contribuir. “Confesso que no início me senti perdida, mas ao longo do processo aprendi e entendi a importância da administração no todo. Chegamos e nos deparamos com uma população rodeada de água, mas ao mesmo tempo sem o que beber. Foram 10 dias focados no problema daquela família e juntas entregamos o que propomos e comemoramos o resultado da medição da qualidade da água. Uma experiência única", evela a vencedora.

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Francisco José Salvador Paixão, professor de administração da Newton Paiva, conta que foi uma disputa acirrada. “A Purificar venceu pela autonomia de sistema e pela placa de energia solar, com uma diferença de apenas quatro décimos”, destaca.

O docente, que também faz parte do Centro Newton de Empreendedorismo, conta que as equipes foram para Sorocaba em julho, e com mentorias, desenvolveram o projeto no laboratório. Com o bom resultado, foram para a Ilha do Combu-PA para implantação, ajustes e manutenções. “Todos apresentaram resultados com possibilidade de replicar no restante da comunidade e isso é muito importante onde não há acesso a água gratuitamente”, destaca o professor. 




O conceito de florestas inteligentes 

Ao todo 12 equipes, com mais de 60 participantes, participaram da primeira fase, sendo as três finalistas as equipes Purificar, Ayry e  Ipuã. Compostas por universitários das três instituições, o programa visava integração e equilíbrio na disputa. Os universitários de diversos cursos foram desafiados a desenvolver um protótipo que produzisse de forma eficaz água potável, em uma região em que não há acesso. Para isso, receberam um orçamento de R$ 3 mil apoiado pelas empresas Alcoa, da Reservas Votorantim e da Prysmian Group.
 
O conceito Florestas Inteligentes engloba inovações como big data, banco de dados florestal, sustentabilidade, energias renováveis, tecnologia IoT, inventário florestal, economia da floresta, floresta conectada e bionegócios.

Participaram estudantes da Newton dos cursos de graduação de enfermagem, administração, direito, arquitetura e urbanismo, engenharia de produção, além da pós-graduação, e gestão de marketing digital.