*Conteúdo produzido por Flávio de Castro
Certa vez, folheando o encarte de um álbum do Nick Cave, eu vi uma foto muito
interessante: o teclado de um piano coberto por livros abertos, partituras, bilhetes e outros tantos rabiscos ilegíveis. E acima do amontoado de papéis havia um anúncio manuscrito que dizia “Faxineira, por favor, não arrume essa bagunça”. O compositor australiano é uma dessas pessoas que conseguem ordenar o caos e criar em meio à confusão. Sim, essas pessoas existem e eu não sou uma delas. Será que você é?
Sempre que vejo minha escrivaninha abarrotada de livros, carregadores, cadernos, xícaras de café, boletos, cadernetas, controles remotos, apostilas, garrafas de água e fones de ouvido eu me lembro daquele piano. Ao contrário do compositor, eu não consigo estudar ou escrever em meio à bagunça. Antes de estudar eu sempre faço uma espécie de ritual. Começo desobstruindo a escrivaninha, guardando os livros na estante, retirando os objetos encalhados. Depois separo o material que vou utilizar, geralmente um ou dois livros, um caderno e uma caderneta onde anoto citações. Fecho as janelas do computador e deixo aberto apenas o navegador e o player de música. Procuro uma playlist de música clássica ou trip hop, encho uma garrafa de água e passo um café. É como se esses procedimentos avisassem a minha mente e o meu espírito que é chagada a hora de aprender.
No livro “Você Sabe Estudar?: Quem Sabe, Estuda Menos e Aprende Mais”, de Cláudio Moura Castro, há um capítulo sobre a importância da organização do ambiente de estudo. O autor atenta para a importância deste ritual, quando repete o mantra “mesa arrumada, cabeça arrumada”. A luz da luminária, a música aconchegante, as notificações do celular desligadas criam uma sensação propícia à concentração, à leitura e à escrita. É certo, porém, que essa preparação do espaço não pode evoluir para uma faxina completa! É importante saber encerrar esse ritual de arrumação e não se dispersar em meio à bagunça.
Se esse ritual funciona para todos eu realmente não sei. O escritor português Augusto Abelaira, por exemplo, gostava de escrever seus livros nas mesas dos cafés apinhados de gente e ao som de conversas. Para ele a confusão da cidade era um estímulo ao trabalho e à concentração. O poeta Fernando Pessoa gostava de escrever em pé, com o caderno apoiado em um móvel alto, e esta tarefa ocupava toda a sua madrugada. A maravilhosa escritora Clarice Lispector tinha o hábito de trabalhar com a máquina de escrever sobre o seu colo, sentada sozinha no sofá da sala. E o que dizer da bagunçada mesa de trabalho do físico Albert Einstein? (Dá um google pra você ver!) Todavia, eu acredito que pessoas assim sejam uma exceção. Voltemos, portanto, à velha e boa escrivaninha organizada.
Suponho que nem todos tenham um ambiente de estudo próprio, com a paz e a
solidão necessárias à concentração. Muitas vezes os estudantes dividem o quarto com parentes ou colegas, moram em espaços pequenos e conturbados ou ainda não possuem o mobiliário adequado. Neste caso, eu gostaria de sugerir os espaços públicos de estudo, como por exemplo as bibliotecas públicas e salas de estudo de algumas instituições. O importante, acredito, é encontrar um ambiente minimamente aconchegante e propício, mesmo que seja só por algumas horas do dia.
Se você se identifica com o Nick Cave e consegue estudar em meio à bagunça, ou prefere ler e escrever cercado de pessoas, tal qual o Augusto Abelaira, ótimo! Mas para quem sente falta de um canto de estudos pra chamar de seu, eu gostaria de recomendar as lojas de móveis da Avenida Tereza Cristina, que costumam ter preços mais baratos do que em outros lugares da cidade. Nos sites de vendas on-line é possível comprar boas luminárias de mesa por um preço razoável. E é sempre bom lembrar que a madeira de uma porta estendida sobre dois cavaletes forma uma boa mesa de estudos. Invista no seu espaço, organize, invente, capriche. Afinal o seu cantinho de estudos será seu habitat natural nos próximos anos.
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Flávio de Castro é bacharel e pós-graduado em Letras pela Unicamp e escritor. Escreveu Desaparecida (2018) e Minério de Ferro (2021), além de colaborar em diversas revistas, jornais e suplementos literários. Atualmente é pesquisador no Posling do CEFET-MG e professor de Literatura e Interpretação de Textos no Curso Det-Online