Jornal Estado de Minas

ATIVISTA

Malala Yousafzai defende educação inclusiva em visita ao Brasil

Malala Yousafzai, ativista paquistanesa e vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, esteve no Brasil nesta semana para promover a educação inclusiva. Durante sua visita, Malala se encontrou com integrantes do governo Lula, incluindo ministros e ministras, em Brasília. Entre os compromissos, a ativista foi recebida no Ministério da Educação (MEC) na quinta-feira (26/5), onde defendeu a necessidade de um ensino mais inclusivo.





O ministro do MEC, Camilo Santana, expressou em uma publicação nas redes sociais sua admiração por Malala e seu trabalho em prol de um mundo mais justo e com mais oportunidades para crianças e jovens através da educação. Ele afirmou ter se sentido honrado em recebê-la e ouvir sobre sua luta pelo direito à educação de meninos e meninas em todo o mundo.

Além do MEC, Malala também se reuniu com a ministra Anielle Franco, do Ministério da Igualdade Racial. Anielle considerou a visita da paquistanesa como um marco histórico e a enxerga como uma referência para os educadores brasileiros, destacando o documentário e o livro de Malala como inspirações.

Durante sua passagem pelo Brasil, Malala visitou o Maracanã e vestiu a camisa da seleção brasileira. O pai da ativista, Ziauddin Yousafzai, comentou com o Correio sobre a importância do voo de Malala em sua jornada.





Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, ressaltou o papel de Malala como um símbolo mundial de resistência, defesa da educação, luta contra o preconceito e pela igualdade de gênero. Ele mencionou a importância de uma educação inclusiva no Brasil, que alcance todas as crianças do país e combata preconceitos.

Esta foi a segunda visita de Malala ao Brasil. Na terça-feira (23), ela participou de um evento literário no Rio de Janeiro, onde falou sobre a relevância da participação dos homens na luta pela igualdade de gênero, destacando as mulheres como protagonistas desse movimento.

Malala, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos, tem uma longa história de luta pela educação no Paquistão. Em 2012, sofreu um ataque armado do Talibã quando voltava da escola. Após sua recuperação na Inglaterra, fundou o Fundo Malala com seu pai em 2013, voltado para a promoção da educação universal de meninas em todo o mundo. Atualmente, Malala é graduada em filosofia, política e economia pela Universidade de Oxford.