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Cangaço Novo: como a série do momento irá te ajudar no Enem 2023

Estude para o vestibular com a série brasileira do Prime Vídeo que está fazendo sucesso pelo mundo e entenda mais sobre o banditismo social


15/09/2023 14:26 - atualizado 15/09/2023 15:25
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*Conteúdo produzido por Flávio de Castro

Cena da série Novo Cangaço da Prime Vídeo (Amazon) que está bombando no mundo
Cena da série Novo Cangaço da Prime Vídeo (Amazon) que está fazendo sucesso no mundo (foto: Divulgação/Prime Vídeo)

Produzida pela poderosa 02 Filmes, a série foi criada por Mariana Bardan e Eduardo Melo, roteirizada por Fernando Garrido e Erez Milgrom e dirigida por Fábio Mendonça (de “Vale dos Esquecidos”) e Aly Muritiba (de “O Caso Evandro”). A esse time de peso está somado um elenco brilhante. O ator Allan de Souza faz o papel do protagonista Ubaldo, um ex-bancário e militar reformado que parte de São Paulo para a fictícia cidade de Cratará, no sertão cearense, onde tenta receber uma herança esquecida. Lá ele acaba se reconectando desastrosamente com suas irmãs Dinalva e Dinorah (interpretadas magistralmente por Thainá Duarte e Alice Carvalho) e termina por se associar a uma violenta quadrilha de assaltantes de bancos que atua nas cidades do interior do estado. 

A série, um fenômeno de audiência em cerca de 40 países, leva em consideração dois fenômenos da violência e do banditismo no Brasil:
 
1. o Cangaço propriamente dito, que assolou o nordeste do país com seus bandos organizados de cangaceiros, que promoviam assaltos, invasões, sequestros, homicídios e agressões diversas. O bando cangaceiro mais conhecido de todos foi aquele liderado por Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, morto no Sergipe em 1938. O termo cangaço deriva de “canga”, acessório utilizado na cabeça do gado que serve para o transporte de carga. Como os cangaceiros eram praticamente nômades, eles levavam seus objetos de uso pessoal pendurados ou amarrados ao corpo. 

2. o Novo Cangaço, fenômeno que se iniciou na década de 90 no nordeste do Brasil e se espalhou por outras regiões do país. São quadrilhas fortemente armadas e motorizadas, que sitiam cidades do interior com um objetivo definido: assaltar agências bancárias e caixas eletrônicos. O assaltante potiguar Valdetário Carneiro, um ex-mecânico que teria sido responsável por cerca de 100 assaltos a banco, é considerado o precursor desse movimento. O bandido foi morto pela polícia em 2003. 

Em comum, os dois fenômenos do banditismo possuem: a organização em bandos de dez a vinte indivíduos, o uso de extrema violência (com requintes de crueldade) e a ação exclusiva em cidades do interior do país. É possível pensar o fenômeno do cangaço a partir das condições sociais que o Nordeste enfrentou após abolição da escravidão: desigualdade social, concentração de terras, coronelismo e grilagem. Esse contexto, de um modo geral, pode ser cobrado nas provas do ENEM e dos principais vestibulares do Brasil, como já aconteceu, por exemplo, numa questão da prova de 2017 que especulava sobre o papel das mulheres no cangaço.

O fenômeno do banditismo social foi estudado e referenciado por Eric Hobsbawm, em seu livro “Bandidos”, de 1969. Segundo o historiador britânico, a organização dos ditos bandidos sociais ocorre em função da progressiva tomada da consciência de classe por indivíduos que decidiram usar da violência e da delinquência como formas de protesto social, que almejavam transformações econômicas e políticas em seus contextos de origem. No entanto, é equivocado “romantizar” movimentos como o cangaço e associá-lo ao arquétipo inocente do Robin Wood benfeitor dos pobres do sertão. Como foi dito, os bandos eram – e ainda são – muito violentos e cruéis. Ainda que subtraiam recursos de grandes proprietários e corporações financeiras, os bandos não hesitam em barbarizar e agredir cidadãos inocentes, trabalhadores e homens do povo. Como se vê, é um assunto complexo que merece estudo e reflexão. Assistir à série Cangaço Novo pode ser uma forma divertida e empolgante de adentrar nesse universo tenso, contraditória e fascinante – e ainda por cima ajuda a estudar para o vestibular.

Questão do Enem para você treinar

06. (ENEM 2017) Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 revela aspectos de uma trajetória e obra dedicadas à:
 
Questão aplicada no Enem 2017
Questão do Enem aplicado em 2017 (foto: Inep)

A.Valorização de uma representação tradicional da mulher.
B.Descaracterização de referências do folclore nordestino.
C.Fusão de elementos brasileiros à moda da Europa.
D.Massificação do consumo de uma arte local.
E.Criação de uma estética de resistência.


Resposta: Letra E

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Alunos aprovados em medicina com os diretores do Colégio e Pré-vestibular Determinante, Camila e Renato
Alunos aprovados em medicina com os diretores do Colégio e Pré-vestibular Det, Camila e Renato (foto: Divulgação)
 
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