Jornal Estado de Minas

Redação

Dicas para a nota mil de Redação no Enem

O dia 3 de novembro está cada dia mais próximo. E aí, essa informação te traz um frio na barriga, ou você tá tranquilo em relação a ela?

Provavelmente, para aqueles que vão fazer o Enem 2019, esse tal do dia 3 carrega consigo muitas expectativas, mas também muitos anseios. É que, nesse dia, será aplicada a prova I, de Linguagens, Ciências Humanas e Redação, uma prova em que as capacidades técnicas, críticas e interpretativas do aluno são avaliadas. Quando o assunto é redação, então, as tentativas de desvendar o tema e a preocupação de ter treinado um texto para cada tema possível são, certamente, grandes inimigas dos estudantes. 
- Foto:
Então aqui vão algumas dicas valiosas para você que vai fazer a prova e já roeu todas as unhas (literal e/ou metaforicamente, né?!). Tenho certeza de que elas irão acalmar esse coraçãozinho aí!

Dica 1: a verdade é que ninguém sabe qual será o tema. Pensando nas ocorrências políticas, sociais e culturais da atualidade, a gente pode até tentar se preparar para falar sobre algumas abordagens: devastação da Amazônia, superlotação dos presídios, reforma da previdência, conflitos entre o agronegócio e os povos indígenas, homofobia, mobilidade urbana e assim por diante. Percebe que são milhares de eixos possíveis? Pois é. Mas a boa notícia é que será assim para todos os candidatos no dia da prova. 
Então relaxe, procure se inteirar dos assuntos atuais e estar seguro de que seus conhecimentos e sua capacidade argumentativa estão “no ponto”.
Se você está antenado às atualidades e exercitou sua argumentação e sua estruturação textual ao longo do ano, tá aí uma receita de sucesso para você mandar bem.

Dica 2: não tem por que ficar preocupado tentando decorar um milhão de repertórios a serem usados em tema x ou y. Isso muitas vezes faz com que seu texto fique artificial e sem autoria. E, não, não é necessário que você cite um filósofo ou um sociólogo para ter um repertório sociocultural produtivo: essa é uma falácia. Então o que fazer? Já escutou aquele refrão “deixa acontecer naturalmente”? É mais ou menos nessa linha que a gente vai seguir. O ideal é que você bata o olho no tema e exercite o cérebro a fazer conexões entre o que aprendeu de outras áreas do conhecimento e aquele recorte temático que está à sua frente. Se você se preparou para todas as áreas do conhecimento avaliadas pelo Enem, você certamente conseguirá utilizar esse preparo a seu favor na redação – vai por mim, tá bom? Tá tudo certo!

Dica 3: da mesma maneira que não há como você resolver, de maneira segura e eficaz, uma questão de matemática sem desenvolver um raciocínio, não há como produzir um bom texto sem um bom esquema – ainda que seja mental. Então, antes de pôr a mão na massa, programe-se quanto ao que irá abordar na introdução, nos dois ou três parágrafos do desenvolvimento e na proposta de intervenção.
Lembre-se de definir também qual será sua estratégia argumentativa (você irá adicionar problemas? propor uma contraposição entre senso comum e sua opinião? desenvolver as causas e as consequências da problemática abordada no tema?). Isso te ajudará a melhor selecionar os recursos coesivos, além de também te auxiliar em qual momento do seu texto você abordará e aprofundará o seu repertório sociocultural.

Dica 4: lembre-se de que a proposta de intervenção deve estar completa para que você garanta nota máxima (200 pontos) na competência V. Bela, como eu faço isso?  Super simples! É só cumprir um checklist de 5 itens, levando em consideração o que foi abordado em seu texto, para evitar possíveis contradições. Você tem que apresentar um agente para a sua proposta de intervenção (quem será o responsável por intervir nessa situação?). Além disso, terá que apresentar uma ação (o que será feito para solucionar o problema?) e um modo/meio de realização dessa ação (como ela será colocada em prática?). Por fim, você deve apresentar o objetivo de sua proposta (afinal, para que ela funcionará?) e um detalhamento para uma dessas quatro outras bases que irão compor a sua proposta. Você pode detalhar o seu agente, sua ação, seu modo/meio ou sua finalidade. Procure deixar claro, por meio de recursos linguísticos, qual parte da proposta aborda qual item. 

Um bom exemplo de construção é: 
O agente V deve fazer a ação W.
Isso pode ser feito por meio de X, que poderá ter detalhamento Y. Essa ação terá como finalidade Z.
Note que, aqui, fiz questão de deixar nítido termos como “agente”, “ação” e “finalidade”. As construções em 3 frases separadas também auxiliam o corretor na hora da avaliação. Além disso, o termo “por meio de” ou o uso de termos similares podem te ajudar na hora de definir o modo da ação; paralelamente, a vírgula logo após o meio pode ser uma boa demarcação para a elaboração do detalhamento do “como será realizada a ação”. Lembre-se de verificar se essas estratégias funcionarão na construção da sua ideia e de fazer a revisão gramatical, tá joia?

Muitas outras dicas para o Enem a gente traz diariamente na plataforma do Percurso Educacional. Você já segue a gente em nossas redes sociais? E é inscrito em nosso canal do Youtube? O nosso ig é @percursoeducacional. Corre lá para acompanhar de pertinho tudo tudo tudo sobre a prova com mais inscritos do Brasil! A gente espera você!

Desejo uma excelente prova e um grande “xô” para o nervosismo e para a insegurança! Confie na sua preparação e na sua bagagem de conhecimentos: vai valer a pena, eu prometo!

Beijo grande da Bela. A gente se encontra na universidade. Até a próxima <3!
 
Isabela "Bela" Azevedo é professora de Redação do Percurso Pré-Vestibular
.